terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Impermanência e A Flor de Cerejeira - Baseado em artigos sobre mitologia japonesa e Inoue Doshu . Gratidão sempre.



Manyoshu), a Sakura, no periodo Edo começou a ser relacionada aos Samurais e,no período Meiji, reafirmava o ideal do povo japonês.
O florescer desta árvore (Sakura no Ki) é a mais pura manifestação da cultura japonesa, sendo que sua flor (sakura ou ooka) representa tanto a metáfora da vida assim como o símbolo do Bushido.
Existem várias lendas sobre esta árvore, como a que ela seria proveniente de uma princesa denominada “Kono-hana-sakuya-hime no Mikoto” (“Princesa da árvore de flores abertas”), considerada tão bela quanto a flor, que atraiu a atenção da divindade Ninigi no Mikoto, o ancestral do povo japonês. A princesa, ao perceber que sua beleza seria efêmera como as flores da cerejeira, ruma ao topo do Monte Fuji para subir aos céus. Muitos afirmam que o nome Sakura deriva do nome da princesa Sakuya, que significa florir.
É fato, que após seu florescimento, a flor enfraquece rapidamente e será espalhada pelo vento, esta é a morte perfeita para um verdadeiro Samurai, que tem consciência da sua natureza transitória da existência. Na essência de Bushido, o Samurai vive aprendendo dia a dia, pois sendo a vida passageira, estamos vivendo o Tada Ima (Instante Único, o Agora, o Momento Presente). A Cerejeira Omoto, é originária do Himalaia, tem flores miúdas rosa claro, com nuances de verde claro galhos compridos, florescendo na primeira semana de abril sendo a espécie venerada no Monte Fuji, no templo dedicado a Kono-hana-sakuya-hime no Mikoto (a espécie roxa ou avermelhada é originária de Okinawa e floresce em março).
Inoue Doshu dizia que o "Budo pode ser comparado com as flores de cerejeira caindo, flutuando no vento", o foco no instante presente, sem se esquecer da Impermanência; ser firme e suave na prática dos movimentos com a katana. Ao mesmo tempo, se pratica o “esquecer-se”, o “entregar-se ao Fluxo”, assim como as flores da cerejeira se entregam ao vento, ela são o próprio vento, elas “saboreiam” o vento; este é o instante único que só pode ser experimentado uma única vez.

Baseado em artigos sobre mitologia japonesa e Inoue Doshu
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