Na natureza a diversidade da vida vegetal nos fornece muitas possibilidades de uso de seus frutos, folhas, cascas, flores e uma rica variação de espécimes e formas de uso. Podemos classificar o uso das plantas em três níveis distintos: físico (farmacológico), arquetípico (Psicológico), e espiritual (alquímico).
Há plantas com propriedades mágicas que em seu poder curiador podem elevar a consciência humana em seu sistema mente-cérebro ao mundo dos deuses, a realidades que ele só acessaria através da experiência transcendental, o que os hinduístas chamam de “o céu da iluminação. Para isto, a alma terá que alcançar ao longo da experiência encarnatória o domínio da experiência e transcender ao ego que o mantém preso à experiência factual, profana, e com isto alcançar a natureza numinosa do self, consciência do EU SOU.
As plantas de poder são os veículos da experiência mágica ao mundo dos mistérios. Cada planta tem seu mistério particular e seu caminho de experiência. Seu poder pode despertar potenciais arquetípicos de força, luz ou terror e obscuridade. Este é um domínio de forças muito poderosas que requerem toda uma contextualização especial, uma hierofania que se converte em ritos sagrados, de coleta das plantas, de seu preparo e do espaço onde elas serão preparadas e ritualizadas.
Estes processos mágicos e ritualísticos fazem parte de antigas tradições de mistérios. Onde estes processos obedeciam toda uma ordem cosmológica e social dentro destas sociedades, onde a planta, e o rito, não tinham só o propósito de nos conduzir a experiência. Cada planta tem sua especial função de elevar a consciência ao reino dos deuses, do céu ou do inferno. Nestas sociedades este era um status especial, que exigia toda uma maestria ao que diz respeito ao uso e ao rito de toda experiência mágica ao qual era atribuído a alguém em especial. Há um sacerdote, um Pajé, um magista, alquimista, o xamã que passa ser o detentor destas chaves mágicas a outros planos da consciência.
Ficamos fascinados e caímos em experiências errôneas ao tentar burlar os deuses e entrar no paraíso com um passaporte falso, ou por baixo da cerca. Muitos aventureiros se perdem ao embarcar em viagens despropositadas e irresponsáveis com as plantas de poder e se perdem num caminho sem volta. As plantas requerem experientes manipuladores mágicos de suas substancias químicas e astrais, ritos e mantras particulares para o encantamento dos elementais da planta para que as substancias manipulada se transformem alquimicamente em substancias mágicas que sirvam de curiador da mente com suas dimensões mais profundas.
Estas substancias, tem espírito próprio, com personalidade e inteligência. Conta que em antigas civilizações como a Atlântida, esta pratica mágica fazia parte dos ritos de transcendência e de ancoração de poderes mágicos como também de cura. Esta antiga magia também conhecida como palegenesia tem o poder de usar o Elemental da planta como agente de poder em viagens astrais e na encarnação de arquétipos e de forças mágicas. Conta também, que o mau uso destas práticas levou ao fim suas civilizações.
Muitas pessoas se aventuram nestas experiências sem nem um preparo e fora do contexto sagrado que acolha suas experiências e caem em surtos psicóticos e esquizofrênicos e não retomam mais as suas vidas conscientes.
Estas práticas são destinadas á pessoas que alcançaram certo nível de consciência e estão preparadas para um mergulho profundo na experiência mágica sem que suas mentes se extraviem e possam usufruir do contato com a realidade expandida. Para que experiência seja correta é necessário que meu corpo cinestético tenha sido expandido a partir de práticas sagradas, que obedeçam à fidelidade de seus ritos e métodos próprios. Que eu tenha desenvolvido a capacidade de lidar e orquestrar cargas elevadas de energias e tenha conhecimento da “luz astral” ou “plano da forma astral”.
Ao longo da historia da humanidade o homem é atraído ao fascínio deste poder: “quebrar o padrão de normalidade”, e acessar outros estados de consciência, este é um anseio humano que muitas das vezes é reflexo de suas fraquezas e passam com isto, buscar satisfação e entorpecimento para a realidade indesejável da vida que não se quer encarar. As plantas de poder são veículos de condução de forças muito poderosas, instintuais, emocionais e espirituais, que passarão a interagir com inteligências ancestrais da pessoa, arquétipos coletivos, e forças espirituais. Esta é uma prática do domínio do xamã, no qual ele tem o poder de encarnar forças arquetípicas do guerreiro, do visionário, do curador e do mestre. Forças estas ancoradas por alguém que tem o domínio do poder. Estes são processos profundos de autoconhecimento, auto-cura e transformação.
David Arkenstone - Moonflower
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