sábado, 1 de outubro de 2011

O Mar Morto não é tão morto assim


Pelo nome você já cria uma imagem – Mar Morto. Águas turvas, paradas e, principalmente, sem vida.
Errado. Pela primeira vez, os pesquisadores enviaram uma expedição de mergulho ao Mar Morto, e para surpresa de muitos, ele está vivinho. Lá, eles descobriram fontes de água doce emitidas de crateras enormes no fundo do mar, junto com uma mistura variada de micróbios.
Ambos foram os primeiros achados do corpo de água mais salgado do mundo, que também é o ponto mais baixo do planeta.
O Mar Morto se situa entre a Jordânia, Israel e Cisjordânia. Seu sal pesado nas águas permitem aos seres humanos flutuarem sem esforço na superfície – um fenômeno que faz com que o Mar Morto seja um destino popular de turistas, ainda que seja notoriamente difícil para mergulhadores tentarem nadar dentro da água.
Uma equipe de pesquisadores conseguiu enfrentar o desafio e mergulhar nas águas salgadas para confirmar suas suspeitas de que correntes de água doce jorravam a partir de fissuras profundas no fundo do mar.
As fontes saem das íngremes paredes das crateras, com cerca de 15 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade. Os mergulhadores descobriram que a água forma um complexo de nascentes que fluem ao longo do fundo do mar, que tem centenas de metros de comprimento e chega a 30 metros de profundidade em alguns lugares.
Além disso, os pesquisadores encontraram esteiras de micróbios que vivem perto dos furos no fundo do mar. A variedade de microorganismos que vivem em um ambiente que se pensava ser desprovido de vida foi surpreendente. Embora não haja peixes presentes, tapetes desses micróbios cobrem grandes áreas do fundo do mar.
O Mar Morto está desaparecendo rapidamente. Suas águas evaporam a uma taxa de aproximadamente um metro por ano, em grande parte devido aos seres humanos, que utilizam sua principal fonte, o rio Jordão, como água potável.
Pesquisadores estão criando o primeiro sistema para medir diretamente as nascentes do fundo do mar e estudar a estrutura do seu fluxo ascendente.
Ao desenvolver um sistema de medição para essas fontes, eles serão capazes de determinar com mais precisão a quantidade de água que realmente entra no Mar Morto.

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