Certa vez, eu estava refletindo acerca de nossas muitas crenças religiosas, e a triste ironia é que essas formas — que você pode acreditar que nos aproximam do Divino e uns aos outros — muitas vezes servem para nos separar.
Isso me levou a pensar no desafio que é sermos ao mesmo tempo espírito e matéria, de modo que levei essa questão ao Espírito para melhor compreensão.
Foi-me mostrada uma imagem da água fluindo por todos os lugares, sem fronteiras, repleta de Luz. Então eu vi vários recipientes recolhendo um pouco de água.
Um dos recipientes era fino e comprido; outro era baixo e largo. Alguns eram artisticamente trabalhados; outros, simples. Um era octogonal; outro era quadrado.
Nenhum dos recipientes estava cheio de água, mas todos tinham um pouco. A água se adaptava ao formato dos recipientes. Quando ela se movimentava e chegava a transbordar dos recipientes, permanecia viva e pura.
Mas quando a água não podia fluir livremente, ficava estagnada e sem vida dentro dos recipientes.
Compreendi que a água era o espírito de Deus em movimento, ou qualquer nome que você escolha para designar a Fonte primeira.
Ela não tem limite, flui por toda parte e é oferecida gratuitamente a todos. Os recipientes são as nossas idéias humanas cristalizadas em formas e estruturas. Se um recipiente humano não interromper o fluxo da água, se não for insuficiente, a água será fornecida interminavelmente.
Mas se o recipiente humano inibir a natureza da água, não será mais um bom recipiente, e a água ficará estagnada. Mesmo que eu respeite os recipientes, sou pessoalmente atraída para a água.
Mesmo que meu temperamento possa se sentir mais à vontade com um recipiente que com outro, compreendo que ele não é mais do que isso: um recipiente para recolher um pouquinho da verdade, adequado nesta dimensão a menos que se torne inflexível.
Uma vez que chegamos a provar a água, os recipientes são adequados mas não limitadores. Como agora podemos nos identificar com aquilo que é ilimitado, podemos realizar o “impossível”.
Visto o impossível ter sido realizado por uma pessoa, ele alargará o próprio recipiente e redefinirá os limites.
Harriet Tubman, por exemplo, era uma escrava cega, deficiente, quando ouviu seu próprio guia interior e ajudou centenas de escravos sulistas a escapar seguindo pela Estrada de Ferro Subterrânea.
Ela não sabia que aquilo que estava fazendo era “impossível”.
Pablo Casais era visivelmente velho demais para encantar os ouvintes com seu violoncelo, aos noventa e seis anos, mas continuava a tocar.
Nenhum ser humano havia corrido um quilômetro e meio em cinco minutos antes de Jim Ryun, mas agora, os corredores ultrapassam regularmente essa barreira, como algo natural.
Como Henry Ford disse certa vez, “Se você acha que pode ou que não pode fazer alguma coisa, você está certo”.
Os desafios que enfrentamos hoje parecem impossíveis de serem vencidos enquanto continuarmos a encará-los com os olhos do passado.
As energias afetivas e impessoais da evolução estão nos levando para frente, a uma expansão maior. Todos nós temos intuição a respeito dessa mudança que agora está em processo.
Se tivermos muito apego às formas existentes, teremos maior razão em temer o fim do mundo. Aqueles dentre nós que não estão tão apegados às velhas formas falam de uma “nova era” que se aproxima.
Muitos vêem, nos sinais de transição, o retorno do Cristo.
Imagine que o nosso universo esteja fazendo uma grande dimanação impelindo-nos para perto do que há de melhor em nós mesmos.
Podemos não compreender como essa energia evolutiva atua, podemos apenas ver que ela é indescritivelmente poderosa, que demonstra apreço para com tudo e com todos.
Podemos explorar essas energias poderosas para nos expandir e crescer, para construir novos conceitos e novas estruturas.
É isso o que muitas pessoas estão fazendo.
Elas estão se tornando agentes da evolução, inalando esse novo ar e alinhando sua vontade, seus pensamentos e suas escolhas na direção apontada por ele.
O Espírito está se revelando em cada um de nós, aqui e agora.
A possibilidade de revelação está aberta para nós, mas só podemos ouvi-la se acreditarmos que ela é possível.
A uma certa altura, devemos decidir se vamos dar continuidade ao nosso próprio relacionamento com Deus ou simplesmente aceitar a experiência alheia.
Como criadores conscientes, estamos sempre caminhando por uma linha entre a essência e a forma. Inspirando a essência indefinida, expiramos uma criação que é o total da soma de nossas crenças.
O truque é saber que se trata apenas de uma criação, de uma forma, e não da essência mesma. Quando deixamos de nos identificar com o que criamos, quando podemos reconhecer que somos criadores, estamos livres para explorar mais, para nos aprofundar.
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As 7 Etapas de Uma Transformação Consciente, p. 82
Fonte: Blog Meu Melhor Modo de Ser
http://stelalecocq.blogspot.com/
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Fonte : Sonia Ollé em 1 outubro 2011 às 20:11 via Anjo de Luz
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