Você não crescerá se ficar sentado num lindo jardim florido, com alguém lhe trazendo deslumbrantes iguarias numa bandeja de prata. Mas você crescerá se cair doente, se sentir dor, se experimentar perdas e se não enfiar a cabeça na areia, mas assumir a dor e aprender a aceitá-la, não como uma maldição ou um castigo, mas como uma dádiva que lhe é concedida com um propósito muito, muito específico.
Elizabeth Kübler-Rosa
No início deste livro, sugeri que um dos principais motivos pelos quais você o está lendo pode ser o de ampliar sua felicidade. Esse, a propósito, é um nobre motivo, que merece verdadeiramente meu respeito, pois a felicidade se expande – ela se expande para fora e traz benefícios a muita gente. Outro motivo pelo qual poderá se interessar pelo livro é o de que esteja cansado da dor e do sofrimento e deseje um atalho para evitá-los; talvez, no fundo da sua mente, você acredita que os anjos possam lhe oferecer esse atalho.
Quando eu tinha onze anos de idade e era uma altiva integrante do escotismos para moças, aprendi uma valiosa lição sobre atalhos. Nosso grupo estava descendo, com grande esforço, pela trilha íngreme de uma montanha, com diversos trechos em ziguezague. Sempre me atraía a ideia de ser a primeira a chegar ao sopé da montanha e normalmente me apressava um pouco; - essa ocasião não fugiu à regra. Estava acompanhada de uma amiga e passávamos bons momentos até que descobri algo que imaginei ser um atalho, desviando–se de um dos trechos tortuosos da trilha. Tratava-se de uma parte íngreme da montanha que descia abruptamente, conduzindo até a continuação da trilha, e convenci minha amiga que teríamos êxito se nos sentássemos no chão e fôssemos avançando, aos poucos e cuidadosamente.
Tudo estava indo bem até que um grupo de garotos escoteiros chegou ao local e concluiu que estávamos presas na montanha. Eles tinham estudado técnicas de salvamento e, tendo reconhecido imediatamente a emergência das duas meninas presas numa montanha, com rapidez entraram em ação para nos salvar. Obviamente, eles ignoraram meus delirantes clamores de que estávamos bem e de que conseguiríamos descer sozinhas e, em questão de segundos, estavam escalando a montanha para nos salvar. O momento mais humilhante foi quando o restante do nosso grupo apareceu, as líderes e as outras pessoas para se juntarem aos outros espectadores. Quando eles afinal nos retiraram da montanha, senti-me humilhada e constrangida, enquanto os valentes escoteiros que nos tinham “salvo” pareciam heróis.
Aprendi com essa experiência que na vida não existem atalhos; um caminho é um caminho. Aprendi que se tomamos um atalho para evitar a dor, o sofrimento, ou o esforço, normalmente terminamos dando mais trabalho a nós mesmos e causando uma dor pior do que se tivéssemos simplesmente permanecido no caminho, passando pelo sofrimento que estávamos procurando evitar. Vejam todos os que acabaram envolvidos em meu atalho e os papéis que desempenharam – heróis, vítimas, espectadores e simpatizantes. Por vezes, quando adiamos um sofrimento e reprimimos sentimentos que nos causam dor, imaginando que estamos tomando um atalho, outras pessoas são também afetadas por nossa decisão.
Infelizmente, não existem atalhos verdadeiros no caminho espiritual. Os anjos não nos oferecem atalhos, mas podem ajudar-nos a enfrentar a verdade das situações e podem ajudar-nos a aprender o valor de se enfrentar os problemas diretamente. Os anjos nos ajudam a enxergar a necessidade do sofrimento em determinados momentos. O maravilhoso, com respeito aos anjos, é que eles estão sempre conosco; definitivamente não estamos sozinhos. Quando examinamos nossos problemas, os anjos nos ajudam a buscar a positividade em todas as situações, auxiliando-nos a manter o senso de humor em todos os momentos. Eles também nos lembram quando é tempo e libertar o sofrimento e começar a apreciar a vida.
Os anjos estão disponíveis para nos ajudar a observar o funcionamento da nossa própria mente, reconhecendo os padrões e atalhos que incorporamos e nos impedem de levar uma vida feliz. Os anjos podem ser bons psicoterapeutas, fazendo com que olhemos para dentro de nós mesmos na busca por respostas e percepções. Por certo não estou sugerindo que você evite os psicoterapeutas humanos; caso esteja trabalhando com um terapeuta, ou considerando essa hipótese, sugiro que leve consigo seu psicoterapeuta angélico. Você se surpreenderá diante do espantoso crescimento que tem lugar quando você combina as forças humanas e angélicas.
OS ANJOS GUARDIÃES DA ESPERANÇA
TERRY LYNN TAYLOR
EDITORA PENSAMENTO
TERRY LYNN TAYLOR
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GRUPO DE ESTUDOS VIRTUAL “EU SOU LUZ”
O ACESSO ESTÁ LIBERADO SEM SENHAS
VENHA OUVIR AS AULAS NO ENDEREÇO: - www.elmorya.com.br
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Fonte : GOTAS DE SABEDORIA
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