A limitação imposta às nossas histórias por nós mesmos, ou por outros, trazem inevitavelmente, conseqüências trágicas. O que são as doenças, físicas e mentais senão historias encurtada?
O câncer pode ser visto como um encurtamento de história, uma limitação na relação entre as células, de tal forma que prolifera uma história limitada e patológica. A cura mais complexa é a descoberta de meios que permitam que histórias mais ricas e profundas surjam dentro do organismo.
Como no meio de uma perda, de uma traição, poderemos nos recordar ou nos valer da história? A resposta é: procurar, conscientemente a grande história, e suplicar para que seus poderes se derramem sobre nossas vidas. A grande história é como um campo de força, a investir nos pequenos e inúmeros acidentes de nossas vidas pessoal com sentido e significado. A grande história toca em nossas mentes como uma grande sinfonia, ativando diferentes tons, temas, sentimentos e fantasias, iluminando partes de nós mesmos cuja existência ignorava. Ao nos unir a grande história alinhamos a nossas vidas às forças evolutivas que nos transportam para além dos antigos programas e em direção a novas maneiras de ser.
Se você continua a observar estas histórias por longo tempo, ou se o seu nível de consciência se intensifica, a história tem uma ação ativa, profunda, revificadora. Já não são mais histórias aleatórias, pessoais e psicológicas, elas se tornaram míticas. O evento passa a ser um cenário mágico e passa a exibir algo a ser descoberto, algo esquecido e enterrado na areia e que você começa a procurar – talvez uma “pérola de grande valor”...
E se você leva a história adiante, o que sucede? ela se torna integral e espiritual. O tesouro encontrado passa a ser fonte de iluminação. Você chegou, e é acessível a toda a história.
Essa progressão evolutiva do imaginário estar universalmente disponível a todos nós e sugere que estes quatro níveis: o sensorial, o psicológico, o mítico e o integral – estão inseridos no forro inato de histórias do sistema mente-cérebro que existe em cada um de nós. Ao mover-se entre esses níveis, ou o movimento deles em seu interior, você passa dos níveis pessoal-particular para os níveis pessoal universal da história. Absorvendo contextos mais amplos de consciência psicológica, mítica e corporal. Podendo a partir deste estado de consciência desperta orquestrar as energias de saúde e realização.
Quando nossas histórias são interrompidas, encurtadas, perdemos o poder com o qual a historia justifica a força e o potencial da vida. Quando nossos mitos pessoais são quebrados, cerceados, negados, maltratados, estamos negando parte de nós mesmos, deformando, coibindo aspectos de nossa psique profunda de se manifestar em seus potenciais.
Neste trabalho somos convidados a olhar para nossas histórias de ferimentos, abusos, traições, negações, infortúnios, glórias e sucessos e tomar a linha do tempo em nossas mãos, em separado de todos esses nossos papeis e nos movimentarmos numa linha do tempo da historia, que vamos marcar como Pathos – meio tempo na história, para posteriormente adentrar no tempo do Mithos – tempo de significação e cura, alcançando, desse modo, o Pothos – tempos de iluminação e totalidade.
Este conhecimento se torna uma ferramenta profunda no seu processo de desenvolvimento humano pessoal. Agora você não é um agente passivo da história, você está conectado há uma inteligência maior que rege e dirige todas as historias, e com a qual você pode gerar outra realidade de vida.
Você é detentor do espaço-tempo interior no qual toda sua história se desenrola. Este é o território do mito, do sagrado, do possível. É o ponto central de onde você orquestra a história, em todas as suas nuances e conexões. Deste ponto da consciência podemos determinar o ímpeto dos nossos feitos e a energia com as quais impregnamos nossas vidas de sabor e realização. Podemos dar meio e fim aos nossos enredos e histórias, e termos um final feliz daquilo que colocamos em movimento em nossas vidas, efetivando um aprendizado de vida e passando para a próxima lição e para o próximo andar da casa da vida.
Fonte-www.stum.com.
05 - Jonn Serrie - Stratos
Nenhum comentário:
Postar um comentário