segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Maria, Mãe de Jesus!

 
Ismael de Almeida
Salve Maria mulher do silêncio!
Meiga e terna Maria!...
As mulheres nazarenas, não podiam entender a candura do coração de Maria sempre flutuando num arrebol de luz, nas dimensões celestiais! E aquele anjo desterrado, como as mulheres de sua época recolhia lenha no prado, colhia uva nos vinhedos, figo nas figueiras, e buscava água na Fonte, como faziam em Nazareth!
Como podiam as mulheres nazarenas, saber que Maria era o vaso elegido para receber o amor inefável e eterno?
E o amor cantava no coração de Maria, acordes suaves, como o canto triste do pássaro aprisionado. E o amor irradiava de Maria quando nas tardes tristes, do entardecer de Nazareth, ela ajoelhava em seu quarto humilde para orar ao Deus do Amor!
E o Amor buscava o coração de Maria, como o pássaro buscava o ninho!
E o amor iluminava seus olhos, como os botões de rosas ansiavam abrir as pétalas, para receber os beijos do sol!
E o amor cantava em suas mãos unidas, em oração íntima e profunda, nos seus momentos de adoração ao Deus Amor!
Maria vivia dias de gloria, paz e amor sublime, que irradiava de seu corpo visões de ouro, pedaços de ternura dos Arcanjos de Deus, que traziam do infinito, hinos dulcíssimos,  que formavam imagens sutis de beleza inconcebível, oceano de bondade, sonhos resplandecentes!
Os Arcanjos cantavam em torno de Maria, fazendo de seu Ser, uma vibração,  uma melodia nupcial, que tomava forma tangível, e subia para o céu, como pombas brancas em vôo de inimaginável beleza!
E este estado de exaltação de Maria, entristecia José, que desconhecendo os desígnios divinos sobre sua companheira, julgava a si mesmo, um indigno possuidor deste Templo Vivo de Deus. E José sentindo em seu coração, a beleza daquele anjo baixado a Terra, não se julgava merecedor, de se aproximar daquela virgem núbil, baixada em seu humilde lar de artesão, como raios de luar em noites serenas, como cabeleiras brancas dos montes nevados, como ave do paraíso aninhado em seu telhado!
Pobre e triste José!
Desconhecendo os desígnios divinos, que colocou Maria em seu lar, por Lei Divina, porque sua honrada probidade de homem o fez merecedor de ser o amparo desta alma solar, este anjo sublime, que doravante estava sob a sua proteção por ser ele homem justo e honrado!
A maioria dos primeiros  biógrafos interpretaram a tristeza de José, como todo ser humano, que não entendendo a grandeza de uma alma pura, atribui-lhe equivocados pensamentos.  José nunca pensou mal de sua companheira, mas se julgava imperfeito diante de tanta sublimidade daquele anjo divino!
E José numa inesquecível noite,quando em prantos se ajoelhou no frio pavimento de sua alcova, para orar a Deus, recebeu do Arcanjo a revelação de sua divina paternidade:  O VERBO DE DEUS, baixaria a Terra para redenção da Humanidade!
A tristeza de José se espargiu como perfume de flor que irradia em suave encantamento!
E doce voz ecoou no humilde aposento: GLORIA A DEUS NAS ALTURAS DO INFINITO, E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE!
Bibliografia: Narrativas da vida de Jesus pelo mestre HILARIÃO DE NONTE NEBO em Harpas Eternas.

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