sábado, 24 de setembro de 2011

Francisco de Assis deixou uma mensagem a Chico Xavier que nos encanta com seu texto


Francisco de Assis, através da mediunidade de Chico Xavier, deixou a seguinte mensagem, em 17 de agosto de 1951, em Pedro Leopoldo, MG.: (...) "O calvário do Mestre não se constituía tão somente de se­cura e aspereza...

Do monte pedregoso e triste jorravam fontes de água viva que dessedentaram a alma dos séculos.

E as flores que desabrocharam no entendimento do ladrão e na angústia das mulheres de Jerusalém atravessaram o tempo, transformando-se em frutos abençoados de alegria no celeiro das nações.


Colhe as rosas do caminho no espinheiro dos testemunhos... 
Entesoura as moedas invisíveis do amor no templo do coração!... 


Retempera o ânimo varonil, em contato com o rocio divino da gratidão e da bondade!... 
Entretanto, não te detenhas. 
Caminha!... É necessário ascender.


Indispensável o roteiro da elevação, com o sacrifício pessoal por norma de todos os instantes. 
Lembra-te, Ele era sozinho! 
Sozinho anunciou e sozinho sofreu. 


Mas erguido, em plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se em Eterna Ressurreição.


Não tomes outra diretriz senão a de sempre. 
Descer, auxiliando, para subir com a exaltação do Senhor. 
Dar tudo para receber com abundância.

Nada pedir para nosso EU exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso NÓS da vida imortal. 
Ser a concórdia para a separação. 


Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o orgulho, bênção para a maldição...

Ama sempre.

É pela graça do amor que o Mestre persiste conosco, mendigos dos milênios, derramando a claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do sofrimento.


Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta.

A voz Dele ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que as tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.


O rebanho aflito e atormentado clama por refúgio e segurança. 
Que será da antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que espreita os movimentos do céu para a defesa do aprisco?


É necessário que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que os rumos da libertação decisiva sejam traçados. A inteligência sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras, e terrificantes do abismo. 


O cérebro sublimado não encontra socorro no coração embrutecido. 


A cultura transviada da época em que jornadeamos, relegada à aflição, ameaça todos os serviços da Boa Nova, em seus mais íntimos fundamentos. 


Pavorosas ruínas fumegarão, por certo, sobre os palácios faustosos da humana grandeza, carente de humildade e o vento frio da desilusão soprará, de rijo, sobre os castelos mortos da dominação que, desvairada se exibe, sem cogitar dos interesses imperecíveis e supremos do espírito.


É imprescindível a ascensão. 
A luz verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior, ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a senda redentora que as gerações enganadas esqueceram.


Refaze as energias exauridas e volta ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.
O trabalhador fiel persevera na luta santificante até o fim. 
O farol do oceano irado é sempre uma estrela em solidão. 
Ilumina a estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou.

Avança... Avancemos...
Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor, e o Cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do Terceiro Milênio.

Certamente, o apostolado é tudo. 
A tarefa transcende o quadro de nossa compreensão.
Não exijamos esclarecimentos. 


Procuremos servir. 
Cabe-nos apenas obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma flagelada do mundo.


Segue, pois, o amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor incessante pela vitória final.

O Evangelho é o nosso Código Eterno. 


Jesus é o nosso Mestre Imperecível.

Subamos, em companhia Dele, no trilho duro e áspero.
Agora é ainda a noite que se rasga em trovões e sombras, amedrontando, vergastando, torturando, destruindo...


"Todavia, Cristo reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar".
 


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