quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Felicidade é para todos!

Ubuntu
Dia desses, assistia a um programa de TV e a entrevistada falava sobre felicidade e como, culturalmente, aprendemos que a felicidade é para poucos. Ela citou uma brincadeira muito comum, a dança das cadeiras. Nesta brincadeira, uma música toca animadamente enquanto as crianças andam dançando ao redor das cadeiras e, quando a música pára, elas correm e tentam sentar. Quem não conseguir, sai da brincadeira. Conforme as crianças vão saindo, tira-se também uma cadeira e a música recomeça, até que só reste uma cadeira e um vencedor, ou seja, várias crianças saem da brincadeira e apenas uma criança sai feliz e vencedora!
A entrevistada então, sugere uma variação dessa brincadeira: as cadeiras vão sendo retiradas normalmente, mas ninguém sai da brincadeira e, quando resta apenas uma cadeira, têm várias pessoas para sentar nela e tudo vira uma grande festa, com vários vencedores!
Realmente seria mais interessante se parássemos de olhar apenas para o nosso próprio umbigo, buscando só o que nos torna mais felizes, e olharmos para o lado, pensarmos na felicidade do todo.
O texto abaixo nos trás uma bela reflexão sobre este assunto:
 ”A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com o relato de um caso de uma tribo na África, chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos…

UBUNTU PARA VOCÊ!
Márcia de Lucena Saraceni

Nenhum comentário:

Postar um comentário