quinta-feira, 21 de julho de 2011
O Chamado da Deusa
Nesta canalização, Mestre Djwal Khul fala do significado da energia feminina - a Grande Deusa ou Mãe do Mundo -, da função cósmica da sexualidade e do que o equilíbrio entre masculino e feminino trará à espécie humana terrestre
... Num dado momento antes de tudo, a Deusa ergueu-se da escuridão e nasceu dela própria... E qual uma flor desabrochou e espargiu seus perfumes, como gotas de orvalho inundaram o infinito. E assim, com seu complemento divino, a vida aconteceu...
O primeiro culto da humanidade foi ligado à Deusa Mãe, que se manifesta de várias formas: Isis, Vênus, Ishtar, Iemanjá, Maria, Kwan Yin, Athenas e tantas outras. Todas as deusas com esta gama variada de nomes manifestam os atributos de uma só, a Mãe Universal, que é mais conhecida entre os humanos como Grande Mãe ou Grande Deusa.
A Mãe Universal é a energia da matriz cósmica moldando-se a vários planos de manifestação, influindo diretamente na aplicação do plano divino sobre a Terra. Não se restringe a um ser manifestado como individualidade. Irradia a energia criativa dando inteligência e adaptabilidade à matéria, impulsionando o propósito da existência. Em um primeiro instante, é o poder da Vontade Suprema ajudando a conceber a forma, seguindo um padrão arquetípico já delineado. É resultado da energia do amor, típica dessa manifestação, num movimento de coesão e agregação de partículas eletrônicas. É o movimento das pequenas partículas de luz que se juntam dando formação à matéria, obedecendo às forças de atração. Da mesma forma, depois que a matéria mais densa já experenciou o programa por ela traçado, manifesta-se a sutilização, através das forças de expansão e dispersão.
Pelo mesmo poder de vontade, a Mãe Universal descompacta a matéria, fluidificando-a para seguir rumo a outros estágios evolutivos. Durante a experiência material, o intuito dessa energia é despertar o amor em toda a sua capacidade, pois ele se torna o elo de ligação entre matéria e espírito induzindo à experiência, a padrões espirituais mais elevados. Assim é ativada a capacidade criativa do ser, que é inundado pela luz da Mãe Universal. Esta vai penetrando em todos os átomos, interferindo em sua rota habitual, conduzindo-os a penetrar nos mundos interiores de consciência superior. O movimento dessa energia produz a dissolução das ligações da essência com a forma, rompendo aos poucos as ligações de um passado distante, dissolvendo o campo de ilusão a que a matéria física se submete. É chamada de Espírito Santo no cristianismo.
Da mesma forma, planetariamente, essa matriz cósmica manifesta-se como a consciência da Mãe do Mundo cujo significado é o kundalini da Terra, ou seja, a força que dá movimento à vida material. É a inteligência que desperta dentro do ser, rumo ao infinito, ativando o conhecimento do espírito que é representado pelo símbolo de uma flor. Esse conhecimento vem de dentro e não pode ser evocado pelas forças externas: como uma flor, ele brota na hora determinada!... Toda vida terrestre e humana tem ligação direta com essa consciência, que sintetiza a energia dos raios, e possui o poder de moldar a matéria, purificando, aperfeiçoando e sutilizando-a, para que possa expressar ordem, harmonia e beleza. A consciência da Mãe do Mundo tem estreita ligação e encontra ressonância com alguns locais sobre o planeta Terra, os quais manifestaram e ainda manifestam suas energias, através do arquétipo da Virgem Maria e todos os nomes a ela atribuídos. Por isso, tantas imagens de Maria e tantas outras deusas são projetadas em todos os cantos do mundo.
A mulher Maria, que desempenhou a função de mãe de Jesus, foi a manifestação física potencializada da irradiação da Mãe do Mundo, ajudando a formatar o arquétipo primordial da polaridade feminina do universo Creador sobre o planeta. Deixou engendrada, na história da humanidade, sua experiência de amor e entrega, como mãe resoluta e serviçal. Portanto, sua experiência como mulher, embora ainda oculta da maioria dos humanos, foi igual à de todas as outras mulheres do mundo. A única diferença é que seu filho marcou profundamente a história da humanidade e, portanto, um véu de castidade envolveu sua imagem, assim como envolve a imagem da mãe de Buda.
Muitas coisas não são reveladas, mas a arqueologia mostra e comprova essas evidências pelas estátuas, vasos, amuletos e outros tantos objetos com imagens e formas femininas que, no princípio, eram utilizadas para reverenciar a Grande Deusa. Assim, a magia e o encantamento, o culto ao sagrado e divino eram manifestados com amor e respeito, equilíbrio e harmonia. A sexualidade, o nascimento e a maternidade eram honrados e as mulheres eram respeitadas como as doadoras da vida, da mesma forma que ainda hoje o são em culturas indígenas preservadas.
Com o passar do tempo, o culto intenso ao patriarcado fez a deusa silenciar, trazendo um impacto desmedido que se arrasta até os dias atuais. As próprias mulheres deixaram-se influenciar por este contexto, perderam a sua feminilidade, interferindo até mesmo nos ciclos lunares de menstruação. Seu lado masculino (yang) tornou-se tão forte que gerou desequilíbrios internos. Mas, a Deusa, com imensa sabedoria, fingiu dormir à espera do seu renascimento, enquanto com sua mão oculta continuou tecendo o manto de luz sobre os que a invocam. Como tudo está em constante movimento, voltando ao mesmo ponto, eis que o macho clama pelo retorno da fêmea. O equilíbrio do universo se faz pela união do masculino e do feminino. Este é o momento.
As evidências são claras, a Grande Deusa se levanta, pois escuta o gritar daqueles que oram e pedem ajuda, e se mostra em todos os cantos. Os acontecimentos marcam experiências fortes em muitas mulheres que se identificam com a Mãe do Mundo ou a Sacerdotisa Maior dos templos da unificação planetária. É sabiamente importante a identificação com essa energia: seja na sacerdotisa, santa, rainha, deusa ou bruxa, todas traduzem a essência da Grande Mãe. A sensibilidade feminina está sendo convocada a aflorar, limpando e fluidificando as amarras impostas por algumas civilizações que utilizavam o poder masculino como a força sobre a Terra.
Vocês estão num tempo importantíssimo e, cada vez mais, é preciso desmistificar o poder feminino que está ancorado no interior das mulheres. Há uma necessidade urgente de remodelagem e de perceber que as dificuldades nos relacionamentos com os parceiros de vida estão em crise porque a docilidade e receptividade feminina estão esquecidas. Tanto no homem quanto na mulher, é imprescindível resgatar a passividade, o movimento e a energia da pureza que foram deixadas para trás. A sensualidade está travada pelos preconceitos, embora pareça solta e desgovernada, o prazer embutido, e o corpo está ressentindo a falta do sexo prazeroso e libertador da luz da divindade interna. A sexualidade é uma atividade orgânica normal dos corpos físico, mental e emocional, devendo ser compreendida em todas as suas manifestações. Neste tempo, os casais estão sendo chamados para se unirem no amor e no prazer de compartilhar sua união sagrada, elevando as freqüências vibratórias a níveis superiores de energia.
Mulher, a você é dada a oportunidade de ajudar na liberação da energia de inteligência do planeta, a assim chamada kundalini. Essa energia é a Mãe do Mundo na Terra, o aspecto feminino do Creador. Somente o aspecto feminino pode conduzi-la amorosamente à liberação em todo o seu esplendor. O corpo da mulher incorpora a energia da deusa todas as vezes que se entrega ao amor com consciência do sentido sagrado desse ato. O homem receptivo a ela recebe a vivificação deste aspecto feminino, fazendo com que o casal transcenda os limites da consciência humana. Uma relação sexual assim vivida, despretensiosa, amando e vibrando no êxtase, sem disputa de poder, coloca-os como complementos divinos e, na unidade de sensações, vibram transcendendo o físico, alinhando-se no orgasmo cósmico de seus corpos espirituais, na androginia perfeita, em que duas libélulas fundem-se no amor pleno. É neste instante de perfeita interação e plenitude que os portais da memória planetária (akasha) se abrem, como tênues fios dourados de vertentes de luz, que ambos, homem e mulher, recebem a grande revelação da luz supra-consciente.
As separações entre os casais estão ancoradas na falta de entrelaçamento das duas energias primordiais do universo. Quando o lado masculino usurpou do poder, afastando a Deusa do contato com a Terra, a escuridão se fez na mente humana. A mente racional assumiu o controle, deturpando o verdadeiro sentido de todas as coisas. Apagaram-se assim as estrelas do céu da consciência, para dar espaço aos fantasmas das sombras que tentam invadir o coração do ser humano. E assim arrastados pela ilusão do poder, perdem o referencial, instalando a doença da incredulidade, na ignorância dos desejos mundanos.
Aqui fazemos um chamado que conclama à unificação daqueles que acreditam na possibilidade de enfrentar as diferenças pessoais, vencendo a barreira do orgulho, para unir-se em contemplação. Aqueles que são capazes de ouvir o chamado da Deusa recebem uma benção de seus anjos de luz. É tempo de unificar e não separar. Aos poucos, os primeiros vislumbres deste despertar mostram que o homem e a mulher estão aos poucos assumindo o papel cósmico, assim como os símbolos, Adão e Eva (raças-raízes), descobriram o sagrado no primeiro instante em que se tocaram, entregando-se ao amor pleno. Eles copularam despretensiosamente e, integrados, tornaram-se a partir daquele instante responsáveis por si mesmos, libertos do domínio dos espíritos de raça, que esperavam pacientemente aquele acontecimento. Dando conta disso, souberam que a nudez era a revelação da totalidade de sua sacralidade. Estar nu é estar consciente da divindade em toda a sua manifestação.
Adão e Eva representam simbolicamente a manifestação do homem e da mulher sobre a face da Terra, não como dois indivíduos, mas raças raízes que, como macho e fêmea, descobrem a interação das energias do masculino e do feminino. Este acontecimento explica a separação dos sexos acontecida nos tempos Lemurianos, que nada tem a ver com a promiscuidade incutida nas literaturas sobre este período. Nos bastidores do plano divino para o planeta Terra, a genética desempenha papel fundamental no aprimoramento das raças e espécies que aqui se dispuseram vir para formar o homem completo, somatória da união das 12 principais raças estelares que ainda estão sobre este planeta.
O pecado original incutido em toda a humanidade nada mais é do que a maneira mais lógica de evitar o acasalamento entre homem e mulher, porque se assim o fizerem na plenitude de entrega no amor, a Kundalini, ou seja, a mãe do mundo se manifestará, revelando os mistérios sagrados. Desta forma, eles estarão novamente livres do domínio do campo de ilusão. Quando se sabe, deixa-se de buscar fora o que sempre esteve dentro de cada indivíduo, portanto não precisam de condutores.
Desta forma, cada mulher terá sempre, assim como Eva, a tarefa mais difícil, mas também a mais gratificante: criar o novo mundo, fundamentado no amor da sacerdotisa maior, a Grande Deusa, que rege em seu movimento a dança do equilíbrio e da plenitude, no gozo da união entre o céu e a terra, que copulam na interação de espírito e matéria. Eva, representante viva de todas as mulheres, sentiu a vibração da serpente de fogo em seu corpo e quis compartilhar isso com seu companheiro, e porque sabia, executou a tarefa de abrir os portais da sabedoria maior.
É exatamente agora o momento de plenitude em que a serpente ígnea, a energia psíquica (kundalini), subirá pela coluna, espiralando-se, usando esse poder inteligente para alcançar a iluminação e vencendo a treva da ignorância. O levantar da Deusa mudará os padrões da sociedade, transformará as crenças da mente racional e os preconceitos deixarão de existir. É preciso coragem para quebrar esse encantamento, evitando usar o sexo para disputa ou manipulação. Deixem de lado as técnicas, usem a sabedoria interior expressando o sentir, aprendam com as próprias sensações. Utilizem harmoniosamente todos os arquétipos disponíveis para crescimento, personificando as mulheres guerreiras, as santas, as feiticeiras, as místicas e tantas outras. Assim serão capazes de enfrentar todos os obstáculos, vencendo as fraquezas, superando todos os momentos difíceis, trazendo a harmonia de volta. Quando o homem da terra aceitar que vive na realidade virtual da vida terrena, ele aprenderá a usar as energias masculina e feminina de forma mais coerente e equilibrada, assim como era no princípio.
No templo da Mãe do Mundo somente sentará uma mulher. Sua mão vem traçando suavemente um tênue fio de luz que nunca se interrompe. Ela aguarda pacientemente o momento.
Djwal Khul
Canal: Marizilda Lopes
Data: 20/11/2006 - 20:57:42
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