"Se falardes da pureza, não haverá muitas pessoas para vos escutar. Umas consideram-na como uma virtude fora de moda, com a qual não têm de se preocupar, pois identificam-na com a castidade e, actualmente, a castidade… Para outros, é um estado maravilhoso em relação ao qual sentem nostalgia, porque o associam à infância, à inocência que perderam e que nunca mais recuperarão.
Na realidade, a pureza é uma noção que pertence a um domínio muito mais vasto. É puro tudo o que é inspirado pela nossa natureza superior; é impuro tudo o que é inspirado pela nossa natureza inferior. A natureza inferior, alimentada pelos nossos desejos grosseiros, egocêntricos, impele-nos a tomar decisões e orientações mesquinhas, parciais. A impureza reside nisto, não a procureis noutro contexto.
A pureza e a impureza são, pois, acima de tudo, uma questão de intenções, de propósitos. Sim, são as intenções e os propósitos que tornam os nossos actos puros e impuros. Quando tendes um propósito desinteressado, quando quereis trabalhar para o bem de todos, a vossa actividade é pura. Então, se procurais sinceramente a pureza, com todo o vosso coração, com toda a vossa alma, esforçai-vos por limitar as manifestações da vossa natureza inferior."
Omraam Mikhaël Aïvanhov: www.prosveta.com.
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