OS CORAÇÕES ENDURECIDOS
Amados Irmãos da Seara Cristã, que a paz esteja em vossos corações!
A  importância do amor na vida do ser humano é presente desde o seu  nascimento, a condução dos episódios que envolvem sua existência, desde o  nascimento, determinarão o quanto esta alma recém encarnada saberá  reconhecer o que lhe toca o coração, o sentimento como forma de  manifestação poderá ou não ser desenvolvido.
As  dificuldades assolam as famílias que buscam com galhardia preencher as  necessidades materiais que decorrem da realidade física.
A  rotina e as exigências para se alcançar o fim material, nem sempre,  oferece oportunidades reais de manifestação dos sentimentos, afinal, os  pais sempre se sacrificam em prol da prole, mas essas almas em formação  moral quase sempre são desconectadas do sentimento paterno de proteção,  amor e carinho, na medida em que as dificuldades se sobrepõem às  necessidades afetivas.
Resulta  desta ação cíclica da busca incessante da manutenção física, sem o  devido cuidado com a alma sob sua guarda e tutoria, o desligamento do  laço afetivo, dificultando àqueles que crescem sem o desenvolvimento  emocional saudável, cujos valores familiares, quando ausentes,  propiciarão o surgimento do adulto impermeável aos atos representativos  de afeto.
É  palpável que quando não se recebe afeto durante a infância, a alma em  crescimento moral, terá maior dificuldade em trabalhar seu íntimo quanto  a tudo que se relaciona aos sentimentos, bem como sua expressão no meio  social em que vive.
Diante  de pessoas com essas características, cujo lar houve a demonstração  clara de que a aquisição de bens e valores materiais fosse o auge da  existência bem sucedida, e, por outro lado, a manifestação de afetos e  sentimentos correspondesse a alguma espécie de fraqueza, muito há que se  ponderar.
A  alma oriunda deste meio poderá com esforço sincero sobrepor-se a essa  realidade, uma vez que, aceita como filha desta relação familiar, é  patente a relação afetiva, ainda que não demonstrada expressamente pelos  pais.
A  ausência de manifestações que correspondam aos apelos da imagem  comercialmente divulgada, não significa que não sejam amados, apenas que  tais processos emocionais são por outros meios demonstrados, com  características relacionadas às personalidades envolvidas, mas não  deverão aceitar a idéia de ausência de afeto.
Quando  diante de pessoas de características aparentemente “duras”, compreendam  que o corpo emocional desta alma passou por processos de  desenvolvimento que não condiz com a manifestação desta “fraqueza”, ou  seja, dos sentimentos e afetos.
Há  um esforço daquele que busca a boa convivência em compreender a  limitação que se manifesta no próximo, eis que é a oportunidade da  prática da caridade ensinada pelo Mestre Jesus.
Quando  temos a oportunidade de conviver com pessoas diferentes, sabemos que  estamos diante de irmãos que trazem histórias individuais quanto à forma  em que se desenvolveram em suas infâncias, cujos “traumas” ou  “bloqueios” poderão ser minimizados se compreendidos à luz dos  ensinamentos de Jesus Cristo.
Deus  em sua infinita bondade sempre proporciona condições para que possamos  oferecer nosso melhor empenho em nos tornamos bons filhos D’Ele, e isso,  ocorre quando aceitamos sermos agentes de transformação do próximo,  transformando-nos constantemente e oferecendo a palavra e ação na  direção do amor Crístico, sempre seremos os “bons espíritas” de que vos  fala o Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII, item 4.
Eu sou vosso Irmão André Luiz
Psicografia de Elisangelis em 27.07.11

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