Leões doentes comovem internautas e motivam campanha na web
Quase 60 mil pessoas já manifestaram apoio à comunidade
"Ajuda ao Leão Ariel" no Facebook
Foto: EFE
O  sofrimento de Ariel e Simba, dois leões doentes, provocou uma onda de  solidariedade pelas redes sociais no Brasil, aproveitada por ativistas  para sensibilizar a sociedade sobre os problemas enfrentados pelos  animais.
Com três anos de idade, o leão Ariel - cujo nome em hebraico significa leão de deus  - sofre uma rara doença degenerativa autoimune que lhe provocou  paralisia das patas. Ele não pode andar e recebe cuidados quase  maternais e atenção privilegiada para muitos seres humanos.
O  animal, que vivia com cuidados especiais em um canil na cidade de  Maringá (PR), nasceu em 2008 e ganhou fama ao aparecer na TV, vivendo em  um sítio de uma família local. Foi levado a São Paulo para ser  submetido a uma cirurgia.
Pelo  tratamento, o sangue é extraído do corpo e processado de modo que os  glóbulos brancos e vermelhos se separem do plasma. As células do sangue  são devolvidas e se pratica uma reinfusão com plasma doado por outros  exemplares de sua espécie. "Muitas pessoas não conseguem entender o  grande amor que sentimos por um animal", disse Raquel Borges, que, junto  a seu marido, se encarrega dos cuidados de 14 animais, entre os quais  se encontra Ariel. Raquel explicou que o felino, que faz tratamento na  casa da médica veterinária Livia Pereira Teixeira, não foi levado a um  hospital para que ela pudesse ficar 24 horas a seu lado.
Para  Raquel, o grande apoio que recebe através das redes sociais é essencial  para seguir adiante. "As pessoas me transmitem muita energia positiva.  Sei que estão do meu lado, que não estou sozinha", disse a dona do  animal. As redes sociais têm contribuído para sensibilizar e estimular  as doações à causa. Até esta sexta-feira, 59 mil pessoas já haviam  manifestado apoio à comunidade "Ajuda ao Leão Ariel" no Facebook.
Segundo  os cálculos de Raquel, desde o fim do ano passado até agora, o  tratamento que o animal está recebendo já custou cerca de R$ 18 mil,  financiados em parte graças às doações arrecadadas através de  organizações simpatizantes. "A respiração de Ariel marca o ritmo quando  estou perto. Todas as minhas energias estão com ele. Está fraco, mas só  vamos parar quando ele se recuperar", disse Raquel, que cuida do leão em  um colchão no salão da casa da veterinária. Em sua opinião, o pequeno  Ariel está "lutando pela vida"; para ela, é "uma grande emoção mostrar  às pessoas que vale a pena amar".
Simba
Enquanto  isso, no Mato Grosso do Sul, o leão Simba sofre de depressão após a  morte de sua companheira e passa seus dias solitário em um zoológico  fechado ao público desde 2005 no município de Ivinhema.
O  estado de Simba também comoveu os internautas e suscitou uma corrente  internacional de simpatia pelo Facebook. A comunidade "Leão Simba também  precisa de você" recebe mensagens de apoio provenientes até do outro  lado do Atlântico, como Portugal.
Para  o prefeito de Ivinhema, Renato Pieretti Câmara, o leão recebe todos os  cuidados necessários. Sua transferência a outro zoológico ou reserva,  tal como pedem algumas vozes, depende de se encontrar o local adequado,  além de resolver os custos necessários para isso.
Outros casos
Ariel  e Simba não são dois casos isolados. Os responsáveis pelo bem-estar de  outros animais doentes aproveitaram o exemplo dos dois leões para  militar na internet, mobilizar campanhas de sensibilização e pedir  contribuições econômicas.
Foto do site: http://www.animalsos.com.br/blog/
O pastor alemão Buba,  de dois anos, que chegou tetraplégico a uma clínica de São Paulo, seria  sacrificado por seu dono que não podia pagar o tratamento, mas os  veterinários decidiram adotá-lo. Em três meses, recuperou peso, reflexos  e sensibilidade e seus donos pediram ajuda a um site de apoio a animais  para arrecadar os R$ 10 mil necessários para continuar o tratamento.
Foto do site: http://ultimasnoticias.inf.br/?pg=8&id_busca=16269
Já a gata Luciana,  encontrada na rua por seu atual dono, tem problemas de crescimento por  fraturar várias vértebras. Para cuidar do animal, seu responsável  promove rifas e vende doces que o permitem financiar o custo das sessões  de acupuntura e fisioterapia requeridas para seu desenvolvimento.  Também no caso de Luciana, uma comunidade do Facebook serviu para obter a  ajuda financeira de "padrinhos", que querem tornar mais alegre a vida  dos animais em sofrimento.



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