quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mudanças Climáticas: Terrestres e Espaciais



Estudo de anomalias na ionosfera

Possíveis Causas x Eventuais Conseqüências

Por Marimel – Divisão de pesquisas - Projeto Quartzo Azul

“Se você pensar como sempre pensou, fará as coisas como sempre fez e conseguirá os resultados que sempre obteve” (Bernard Shaw).


INTRODUÇÃO


A IONOSFERA é uma das camadas da atmosfera do nosso planeta azul, carinhosamente chamado de TERRA. Esta camada possui uma grande quantidade de íons e átomos eletricamente carregados que sofrem influências ionizantes do Sol e de partículas cósmicas.
Situada a partir de 60 km de altitude, a ionosfera pode chegar até, aproximadamente, 1.000 km de espessura e ela segue, regularmente, o ciclo solar de 11 anos, durante o qual ocorrem mudanças em sua composição e na densidade de elétrons.

Em junho de 2008, cientistas da NASA, afirmaram que existe uma ligação entre perturbações elétricas na ionosfera e os sismos na terra.

FATOS


Em maio daquele mesmo ano, ocorreu um terremoto em Sichuan, sudoeste da China, de 8,0 de magnitude, deixando 69 mil mortos e mais 15 mil desaparecidos.

Dias antes deste terremoto, os satélites detectaram perturbações na Ionosfera, entre 100 e 600 km, acima das áreas onde ocorreu o terremoto.

Minoru Freund, físico e diretor de materiais aeroespaciais avançados da NASA, afirmou naquela ocasião:

“Acredito que seremos capazes de estabelecer uma correlação clara entre terremotos e certos sinais, antes de sua ocorrência, de uma forma equilibrada”.

“Temos boas informações científicas, estou otimista e cauteloso, e estamos projetando uma série de experiências para verificar nossas informações”, complementou.


Jann-Yeng Liu, do Centro de Pesquisas Espaciais em Chung-Li, Taiwan, também direcionou seus estudos para as anomalias na Ionosfera e sua relação com os terremotos. Durante décadas, ele analisou mais de 100 sismos com magnitude igual a 5,0 ou mais e observou que nos sismos com 35 km de profundidade, aproximadamente, havia alteração elétrica na Ionosfera, antes da ocorrência dos sismos.


TEORIAS


Há uma teoria desenvolvida pelo próprio Minoru Freund e seu pai, Friedemann (ambos trabalhando no Centro de Pesquisas AMES da NASA) que defende a idéia de que quando as placas tectônicas se movem elas produzem um atrito entre as rochas, gerando correntes elétricas, as quais são formadas por um determinado tipo de elétrons, e que ao chegarem a superfície da Terra tem força o suficiente para afetar a Ionosfera, sendo tal alteração captada por satélites.

A única incerteza que perdura, é não ser possível, ainda, prever-se a magnitude do efeito e o tempo de duração precedente ao terremoto. A NASA em conjunto com uma equipe britânica trabalha a possibilidade de se criar um sistema de alerta de terremotos com o uso de satélites.

Outra grande descoberta é que pode ser possível detectar um tsunami, mais rapidamente, observando-se o ar, ao invés de se observar a água. Esta descoberta foi feita por um grupo de cientistas internacionais, inclusive um brasileiro, Alan Kherani, do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais uma vez que, a formação de um tsunami, cria uma espécie de “brilho” na Ionosfera, característica e peculiar, como se fora uma “assinatura”.

Esta “assinatura” pode ser observada antecipadamente ao tsunami em cerca de 1 hora. Esta nova tecnologia de observação foi usada no terremoto do Japão, em 11 de março de 2011. Os cientistas usaram uma câmera especial na base de observação no Havaí e detectaram a “assinatura” gerada pelo sismo a uma altitude de 250 km.

A teoria de que as “assinaturas” geradas por tsunamis podem ser observadas na Ionosfera, foi desenvolvida ainda na década de 1970.
Um sistema de monitoramento, usando esse tipo de observação, só seria totalmente eficaz caso a câmera fosse instalada em um satélite, já que o mau tempo poderia interferir na visão noturna.

Mesmo com tanto avanço nos estudos e descobertas dos “sinais” na Ionosfera, muitos membros da classe científica ainda permanecem céticos com relação ao assunto.



Reflexões


Após observarmos o comportamento da Ionosfera, por praticamente três anos, podemos afirmar que a comunidade científica não está muito longe de conseguir prever, com uma razoável antecedência, a ocorrência de terremotos e, assim, salvar centenas de milhares de vidas.

No entanto, em nossa modesta opinião, queremos crer que haja um fundamental engano na interpretação do mecanismo comportamental da Ionosfera.

Sabemos que nosso campo magnético é constantemente bombardeado por energias proveniente de explosões solares, ventos solares e ventos cósmicos não oriundos da atividade solar; sendo que esse último tipo de ocorrência é o que justificaria as alterações da Ionosfera em um período em que o sol está com sua atividade calma (ao menos é isso o que divulgam os sites oficiais de monitoramento da atividade solar).

Ora, se sabemos que a Ionosfera sofre influência direta de radiação solar e partículas cósmicas (oriundas do espaço estelar) e que essas partículas são carregadas eletricamente, não seria o caso de se pensar que o processo de influência dos terremotos sobre a Ionosfera poderia ser exatamente o contrário do que atualmente se imagina?

Ou seja, nessa hipótese (que agora ousamos explicitar e trazer à reflexão) ao invés da Ionosfera sofrer alterações com a energia liberada dos sismos, a Ionosfera é que seria responsável pela energia direcionada à terra, gerando um acúmulo maior de cargas magnéticas, sobrecarregando as placas tectônicas e causando os terremotos.

Analisando-se as imagens capturadas pelos satélites, é visível (para não dizer “muito forte”) a alteração da Ionosfera em determinadas regiões da terra, onde há ocorrência de sismos com magnitude significativa.

Outro ponto a ser destacado é que não somente a atividade sísmica está diretamente relacionada às perturbações na Ionosfera, mas também as atividades vulcânicas e os “eventos climáticos extremos”.

Temos o exemplo, atualíssimo, do caos instalado na Indonésia devido as inundações, a chuva torrencial que se abateu sobre a Europa nesta última semana (especialmente na Itália e Portugal) e vulcões em franca atividade na Argentina, Bolívia, Chile, Itália, Indonésia e agora na Rússia, regiões que também apresentam alterações na Ionosfera. Os EUA sofrendo com tempestade de neve severa, completamente extemporânea (a última ocorrência de nevasca no mês de outubro, naquela região, foi no ano de 1.925). Até mesmo no Brasil tivemos a formação de um ciclone próximo ao continente, ao largo da costa do Rio Grande do Sul. Ainda na semana atrasada, cientistas britânicos emitiram um alerta, no sentido de que a Europa poderá enfrentar, nos próximos meses e anos, um “PEQUENO INVERNO GLACIAL”.

Durante todos esses eventos climáticos, a Ionosfera mostrou-se com alterações nessas áreas específicas. Calor extremo, tempestade elétricas, chuvas torrenciais, chuva de granizo, isso tudo já faz parte da nossa montanha russa climática. Se nossa Ionosfera permanecer apresentando tais “anomalias”, a tendência é de que as condições climáticas da Terra poderão piorar, sensivelmente.

Fato concreto, e insofismável, é de que os “eventos extremos” estão acontecendo e ninguém pode mais negar tais evidências.


Conclusões


Se lograrmos êxito em nossa hipótese, de serem as alterações da Ionosfera a causa de todos esses “eventos extremos no planeta Terra”, passariam a fazer parte desse cenário, duas outras perguntas, ambas muito intrigantes:

A primeira pergunta que se nos apresenta é: se o sol está calmo, o que poderia estar gerando essa sobrecarga de energia na nossa Ionosfera e que está servindo de gatilho para os eventos sísmicos, vulcânicos e extremos climáticos que estão ocorrendo em nosso planeta? Seriam os ventos cósmicos oriundos do espaço estelar?

Acreditamos que sim.

Porém, em tal hipótese, teríamos que responder, então, a segunda pergunta: o que estaria provocando esses ventos cósmicos?

Nas imagens da SOHO, no Lasco 2, é visível a atuação do vento cósmico sobre o Sol. Inúmeras “partículas” são arremessadas contra nosso astro rei, diariamente, como se algo estivesse “empurrando-as”.

Esse é mais um mistério a ser desvendado, ou ao menos a ser analisado, por todos nós e não somente pela comunidade científica que, de há muito tempo, já não está sabendo (ou querendo) explicar os severos eventos climáticos atuais.

Aparentemente, a nova tática que estão usando para divulgar as “novas” descobertas, é comunica-se aos poucos, em conta-gotas, como o desmame de uma criança, o qual é feito lentamente, diariamente para não causar nenhuma alteração psicológica ou gástrica. Nesse caso, nós somos as “crianças”, sofrendo o “desmame da desinformação”.

Finalizando, gostaríamos de concluir esse pequeno artigo com uma brilhante frase de um pesquisador e questionador incansável:


“As pessoas vêm às coisas como são e perguntam: por que?” Eu penso coisas nunca imaginadas e pergunto: Por que não? (Charles Darwin)


Fotos de Satélites, que comprovam os fatos aqui comentados, com uma breve explicação sobre a “leitura das imagens”.


FoF2 – Freqüência Máxima (freqüência crítica) no pico da camada F da Ionosfera

Imagens

Fig.1
Freqüência crítica da Ionosfera, em vermelho e lilás, após o terremoto do Japão em 11/03/11.

Fig.2

Imagem de Satélite do brilho na Ionosfera (assinatura) no terremoto do Japão em 11/03/11


Fig.3
 

Imagem de satélite da região da Europa onde ocorreram os eventos extremos climáticos em 29/10/11

Fig.4
 
Formação atípica da Corrente Atmosférica da Europa - Usualmente a corrente atmosférica na Europa é no sentido tal a tal. Pela imagem, observa-se na coloração vermelha que a corrente está tal a tal, quando dos eventos extremos climáticos em 29/10/11.


Fig.5
 
Núcleo de nuvens carregadas sobre o norte do RJ e parte de MG, se aproximando do ES em 28/10/11 – Feita por Everton dos Santos www.painelglobal.com.br.

Fig.6
 
Freqüência crítica da Ionosfera, em vermelho, lilás, rosa e cinza em 31/10/11 pegando boa parte do oceano pacífico e parte da América do Norte, adentrando pela Califórnia, onde houve o sismo de 6.3 no dia 01/11/11. A camada crítica, destacada em lilás na parte superior da imagem, abrange a falha de Saint Andrews.



Fig.7
 
Freqüência crítica em vermelho, lilás, rosa e cinza em 01/11/11. Observa-se também na América do Sul, estendendo-se pela Europa, África e Ásia, uma concentração da freqüência crítica, onde ocorreram sismos na Argentina, Peru, Indonésia e Japão no dia 01/11/11.


BIBLIOGRAFIA E FONTE DAS INFORMAÇÕES:
 
Autora: Marimel - Divisão de Pesquisas
Revisão de Texto: Abreu - Divisão de Pesquisas
Edição e montagem de post: Gério Ganimedes
Direitos Reservados - Projeto Quartzo Azul ©©


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