© NASA (imagem em raios-X e óptico do planeta Saturno)
Uma nova origem para o Sistema Solar?
O Sistema Solar pode ter suas origens em um planeta gigante, mas que foi ejetado por uma mudança de órbita de Júpiter.
O pesquisador David  Nesvorny, do Southwest Research Institute, descreve o Sistema Solar há  600 milhões de anos como um lugar caótico no qual os planetas e as luas  provocavam deslocamentos entre si devido a órbitas instáveis.
Ele desenvolveu simulações  de computador baseadas em uma análise do conjunto de pequenos corpos  conhecidos como o cinturão de Kuiper e das crateras da Lua. O dinamismo  em transformação das órbitas dos planetas gigantes e os corpos pequenos  fez com que os corpos celestes se dispersassem para diferentes lugares.
© Southwest Research Institute (simulação de 5 planetas)
Esta animação mostra a  evolução dos planetas gigantes de 20 milhões de anos antes da  instabilidade para 30 milhões de anos após a instabilidade (a simulação  real cobriu um período de tempo muito mais longo). Cinco planetas  iniciais são mostrados por círculos vermelhos, pequenos corpos estão em  verde. O quinto planeta é ejetado na instabilidade causando uma desordem  geral. O sistema dos restantes quatro planetas estabiliza depois de um  tempo, e parece que o Sistema Solar exterior, no final, com planetas  gigantes em 5, 10, 20 e 30 UA (unidades astronômicas). Este é apenas um  de mais de 6.000 simulações realizadas para estudar a probabilidade de  ejeção do planeta.
Os corpos pequenos se  transferiram ao cinturão de Kuiper e o Sol gerando numerosos impactos na  Terra, e Júpiter também se deslocou para o Sistema Solar, enquanto  Urano e Netuno se movimentaram para o exterior. Entretanto, Nesvorny  detectou um problema neste modelo, pois se for aceita a teoria de que  Júpiter mudou de órbita de maneira súbita quando se afastou de Urano e  Netuno durante o período de instabilidade na zona externa do Sistema  Solar, a conclusão é de que estes últimos planetas teriam ficado fora do  sistema.
Para achar uma saída a esta  encruzilhada, o pesquisador decidiu introduzir nas simulações cinco  planetas gigantes ao invés dos quatro atuais (Júpiter, Urano, Netuno e  Saturno). "A possibilidade de que o Sistema Solar tenha tido mais de  quatro planetas gigantes inicialmente, e expulsasse um, parece ser mais  concebível de acordo com os recentes descobrimentos de um grande número  de planetas flutuando livremente no espaço interestelar, o que  demonstraria que o processo de expulsão planetária seria bastante  comum", disse o astrofísico.
Fonte: The Astrophysical Journal LettersFonte : Maria Afonso em 15 novembro 2011 via INSTITUTO CONSCIÊNCIA ADAMANTINA
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