(artigo de Moacir Sader – setembro de 2011)
No  Brasil, segundo matéria publicada na revista Veja, de setembro/2011, no  hospital Sírio-Libanês existe um departamento de Cuidados Integrativos,  cuja coordenação é realizada por um mestre de Reiki o qual lidera uma  equipe multidisciplinar para aplicar técnicas ligadas a terapias  alternativas.
Algo  semelhante está sendo realizado no hospital Albert Einstein,  evidenciando de como está ocorrendo a integração entre medicina  tradicional e terapias alternativas, ou, integrativas tal como foi  denominada pela OMS.
Segundo  ainda a matéria da Veja, nos Estados Unidos o médico Brian Bernan  fundou o Centro de Medicina Integrativa da Universidade de Maryland,  tornando-se a primeira instituição de ensino dos EUA a ministrar  técnicas de terapias alternativas.
Este  centro de ensino americano é considerado como sendo instituição de  pesquisa de excelência, compondo-se de 12 professores e mais de 60  alunos, com atendimento a mais 10 mil pessoas e grande fila de espera.
A  estimativa atualmente é que 70% dos americanos utilizem algum tipo de  tratamento alternativo em auxílio aos tratamentos médicos tradicionais.
Em  resposta à questão sobre o ceticismo que ainda existe entre muitas  pessoas e de profissionais da área médica tradicional, o médico Brian  respondeu, conforme consta da mesma matéria da Veja, o seguinte:
Desde  a criação do nosso centro, há vinte anos, observo mais e a mais médicos  e acadêmicos deixando o ceticismo de lado. Isso só foi possível porque  hoje, graças aos avanços da ciência conseguimos reunir evidências de que  algumas dessas terapias realmente funcionam. No centro de medicina  integrativa, dispomos de um banco de dados que reúne 40.000 estudos em  andamento sobre o assunto. Na década de 90, eles não passavam de 1.000.  Há que considerar também que a medicina convencional não oferece  respostas para todos os males.
Especificamente  sobre o Reiki, Brian Bernan fez referência ao falar do stress, (doença  da atualidade que vem gerando tantas outras em termos somáticos). Diz o  médico:
As  doenças estão mudando. Males como pneumonia têm causa simples – no  caso, uma infecção -, mas várias das doenças da modernidade, como  obesidade e diabetes, são crônicas e envolvem uma série de riscos e  mecanismo fisiopatológicos. O stress, por exemplo,  é um grande problema  nos dias que correm e está, na maioria das vezes, na raiz da depressão e  dos distúrbios cardiovasculares. Ainda não se inventou uma pílula  contra o stress, mas ferramentas como acupuntura, o reiki, ou meditação conseguem aliviar o sofrimento dos pacientes. (grifo meu)
Sobre a utilização da medicina tradicional e das terapias alternativas, o médico Brian Bernan, respondeu:
Eu  acredito em uma abordagem integrada. O objetivo é sempre usar melhor da  medicina convencional e o melhor da medicina complementar em defesa do  doente.
E  para quem se põe contra a associação dos dois tipos de tratamento,  convencional e alternativo? A essa questão, respondeu Brian dizendo quem  assim se posiciona:
É  um comportamento inútil. Se alguém tem a perder com isso, esse alguém é  o paciente. É preciso pôr o doente, e não a doença, no centro da  discussão e perguntar: qual é o melhor tratamento possível para essa  pessoa? Frequentemente, a combinação entre a abordagem convencional e as  terapias complementares é a melhor saída.
  Fonte: UFC
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