terça-feira, 19 de julho de 2011

UM BREVE ADEUS



Quando alguém que amamos é levado desta vida, nos perguntamos: “por quê?”. Ficamos envoltos por uma sensação de perda, de fim, por uma dor profunda no peito. Gostaríamos de ter mais alguns instantes para tê-lo novamente por perto, somente mais uma palavra, um abraço ou simplesmente um último sorriso.

Não percebemos que estamos em um mundo material e completamente finito. Viemos para cá aprender uns com os outros, mas não nos resumimos a esse pedaço de carne. Não podemos nos definir apenas pelo tempo de vida que tivemos após nosso nascimento nesse ciclo ou espaço de tempo.

Somos seres eternos, criados a imagem e semelhança do Pai e, se Deus é eterno, por que o homem seria limitado? O nosso corpo físico é uma necessidade material, o utilizamos como veículo para a nossa passagem nesse planeta. Devemos cuidar bem dele pois, somos co-depente um do outro mas, mesmo assim, é preciso compreender que em algum momento iremos abandoná-lo em uma curva e seguiremos por uma trilha onde esse “veículo” não conseguiria passar.

Da mesma maneira que achamos SER esta forma, ESTAMOS esquecendo que somos muito mais do que podemos conceber. Passamos a acreditar nas ilusões criadas pela matéria e, assim,confundimos o amor com o apego, a beleza com as formas e o sábio com o esperto. Nesse momento, muitas vezes nos permitimos acreditar que existe limites entre a matéria e o espírito e deixamos de acreditar na eternidade da alma, colocando em xeque inclusive nossa fé no Criador.

O verdadeiro amor não depende do tempo nem da distância, não se acaba por um simples distanciamento. Quando amamos verdadeiramente, permitimos que esse sentimento se transforme, se ilumine e transponha às barreiras de tempo e espaço. Já o apego dói, machuca o peito e traz consigo a necessidade da proximidade, despertando sentimentos inferiores como ciúmes, mágoa e saudosismo exacerbado.

Mas, tudo faz parte de um ciclo, um momento necessário para a nossa evolução e crescimento. Estamos nesse mundo por um tempo limitado. Aqui vivenciamos situações, emoções e convívios que nos despertam para a nossa evolução.

Podemos utilizar essas experiências para o aprendizado da nossa alma, para fortalecer nossa fé em Deus e para o nosso crescimento espiritual.

E, mesmo quando nossa mente não consegue conceber a necessidade do aprendizado, a importância da partida e a magnitude da vivência, o Ser divino que habita em nós transborda em sabedoria. E, usufruindo deste conhecimento divino nos permitimos a percepção do eterno.

Tudo se torna mais fácil quando compreendemos a infinidade da alma e transformamos um Adeus em Até Breve.

fonte-www.luzdaserra

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