Todos os dias, ou à noite, torna-se imperativo, não somente no mundo corrido e complexo de hoje, mas, principalmente em razão da necessidade da própria compreensão de nosso viver, de nossas etapas de vida já vividas e ainda a acontecer, e pelo fato de que, se não paramos um pouco para refletir, se não reservamos alguns preciosos momentos de introspecção e auto-análise, corremos o risco de simplesmente ir vivendo como autômatos em nós mesmos, como pessoas que simplesmente se vão deixando conduzir por “circunstâncias”, e trabalhar, e fazer, e, no mais das vezes submetidos aos grilhões de nosso próprio pensamento cristalizado ou mesmo muito condicionado, irmos tocando o barco: primeiro sem saber para onde, depois ao sabor dos ventos, da curva do rio, dos óbices do caminho que, sem que o percebamos, nos vai direcionando os passos, o rumo de nossos dias, de nossos sentimentos, dia a dia, ano a ano... Natal a natal... Carnaval a carnaval...
O que são os Códigos de Permissão Interna? – Você já se observou que, somente quando se permite mudar, somente quando você se permite se aceitar como é, somente quando você se abre para aprender, viver mais leve, minimizando o sofrer e maximizando seu aprendizado diário, você assim, pode avançar? Avançar no rumo do autoconhecimento; avançar em patamares superiores de consciência de quem você realmente é, de qual a sua real posição no mundo e o que te espera consecutar.
Alguns exemplos desses códigos nos são mesmo preciso examinar. Quando você acorda, calça seus chinelos, se encaminha às suas necessidades de higiene e se dirige para um desjejum – isto são atividades externas a você, certo? – o seu pensamento não pára, a sua consciência pode ou não pode estar atenta a cada ato do que faz; você pode simplesmente “ligar o piloto automático” e, muitas vezes, amuado por ter um novo dia de trabalho para realizar, sair de casa sem ao menos pensar em si, nos que dependem de ti, nos seus passos, nAquele que te guia e te orienta cada minuto. Por que? Pelo que falamos lá no primeiro parágrafo: Porque os seus códigos (condicionamentos e motivações) de permissão interna estão regulados apenas para as atividades externas e você simplesmente não pára para examinar seus pensamentos... A sua própria reação interna ao fluir do mundo... Para olhar e ver dentro de você.
Esses “Códigos de Permissão Interna”, no entanto, têm valoração muito positiva, pois é através deles, que você, utilizando-os via sua própria consciência, exercitando o poder inerente de sua vontade, praticando o seu livre-arbítrio e livre pensar, tem em suas mãos o fantástico poder de mudar o rumo dos acontecimentos de seu “destino”, ou pelo menos, “dar um empurrãozinho” para ele.
O C.P.I. pode funcionar assim: permita-se, no dia de hoje, p.ex., sorrir mais, não deixar-se incomodar pelos deslizes que vê nas pessoas, no trânsito, no trabalho: permita-se perceber e estar agradecido a tudo o que faz, tudo o que a Natureza, os homens, as criaturas generosamente lhe concede para viver. Algumas incríveis permissões internas, que te abre mil portas, que te faz perceber novas luzes no cosmos dos horizontes de tua vida, chamam-se: perdão, tolerância, fraternidade, paciência, bondade, solidariedade sempre.
Quando você se permite, primeiramente perdoar a si mesmo, perdoando seu semelhante e permitindo-se “torcer” pelo bem dele ou dela, os erros do passado já não te pertencem mais. Com essa permissão que te dás, podes assim seguir mais leve o teu caminho, podes te permitir repensar ou confirmar decisões, podes te permitir viver novos sonhos, podes te permitir reprogramar seu dia, seu ano, sua vida! Você é o arquiteto dos mais belos planos para o êxito de sua jornada na Terra. Você, por ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, tem em suas mãos a maior de todas as ferramentas: O poder de simplesmente permitir-se amar-se mais, amar tudo o que faz, amar seu semelhante na forma de carinho, respeito, compreensão, amizade, consideração, tolerância... Auxílio. O poder de permitir-se ser mais útil, portanto mais feliz, permitir-se todos os dias fazer um trabalhinho secreto em cumplicidade íntima com Deus...
Pare um pouco. Pense. E repense. E permita-se acionar novos e inovadores códigos de permissão interna que, derrubando velhos casulos preconceituais em ti mesmo, te permita ver o novo, ser sempre autêntico, porque, no âmago de seu ser, no mais recuado recôndito do templo de sua Alma, você sempre sabe e saberá qual ou quais os novos C.P.I que colocará em ação na sua vida. Permita-se ser sempre feliz. E não permita, a partir de agora, que nada nem ninguém, nada do que vem de fora de você – ou de dentro de ti – nada, absolutamente nada tenha o poder de retirar a sua felicidade. E utilize os seus códigos de permissão interna para permitir-se brilhar mais e mais.
Ivanildo Falcão da Gama
Prof. , escritor, estudioso do Desenvolvimento Humano, autor do livro: “Ser Luz”
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