segunda-feira, 6 de junho de 2011

A TRANSCENDÊNCIA DA ALMA Postado por MARIA PARAGUASSU RODRIGUES em 5 junho 2011 às 19:31




"Ensine esta tripla verdade a todas as pessoas: um coração generoso, a delicadeza ao falar e uma vida de serviços e compaixão são as coisas que renovam a humanidade." 
                                                         
Buda Sidarta Gautama

A vida é uma jornada mágica que, no grande esquema do cosmos, acaba num piscar de olhos. Ao sair do corpo no momento da morte, o espírito experimenta uma imensa sensação de liberdade, paz e alegria. Assim que a alma chega a um plano mais elevado da existência, sua habilidade mental se torna muito ágil, e ela passa a ter imediato e total conhecimento dos pensamentos, sentimentos e palavras de seus entes queridos que ficaram para trás.

O espírito constata que sempre foi espírito, mas que teve experiências físicas enquanto estava na Terra. Ele não sofre como nós. Não existe mais dor após o desencarne e os obstáculos vão, gradativamente, se dissolvendo quando a alma se aproxima cada vez mais da luz. Assim, muda a perspectiva dessa alma em relação a tudo. Nós, daqui do planeta, podemos nos beneficiar de suas palavras e de suas mensagens reveladoras sem, necessariamente, precisarmos desencarnar para vivenciar essas transcendências.


A espiritualidade nos mostra que somos todos únicos e esse conhecimento acelera nossa realização como ser humano. Na medida em que conseguirmos romper nosso egocentrismo, muito natural no ser humano, passamos a conhecer mais profundamente as pessoas que nos cercam e sentimo-nos, dessa maneira, mais atentos e sensíveis aos apelos alheios. Portanto, desviando o foco de nós mesmos teremos consciência de nossa própria capacidade de dar, compartilhar e amar outra pessoa.


A essência está em fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem a nós. Esta é uma regra básica do comportamento humano e é um componente fundamental da maioria das religiões do mundo.
Conhecer esta regra básica e apregoá-la é, sobretudo, diferente de praticá-la. Não basta somente tratar bem as pessoas e, sim, colocarmo-nos na pele delas para entender seus problemas, seus traumas, suas vivências. Assim que passamos a aplicar esta forma de tratamento para com os outros, tornamo-nos mais complacentes, tolerantes e, também, a sentir compaixão pelos sofrimentos alheios.


Há fatos, na História da humanidade, que ressaltam coisas deste tipo. Durante a fim da segregação racial, na década de 1960, John F. Jennedy, então Presidente dos Estados Unidos da América, pediu aos americamos brancos que imaginassem como se sentiriam, sendo menosprezados e humilhados por causa da cor de sua pele. Com isso, ele os desafiou a tratar os outros como se fossem iguais a eles mesmos. Esse mesmo exemplo serve para o que acontece atualmente no que se refere às igualdades sociais exigidas pelos homossexuais.


A muitos de nós é ensinado cultivar o ódio, em vez do amor. Aprendemos, com isso, a sermos preconceituosos e atacar aqueles que são diferentes de nós. Essas idéias não nascem conosco e, sim, nos são inculcadas desde muito cedo. Para muitas pessoas há muita dificuldade em remover essas marcas de sua personalidade, mas não é impossível. É necessário que nos reeduquemos e que aprendamos com a própria vida, que é um professor muitas vezes, drástico e cruel. Seguindo as palavras de Jesus, que com tanto amor nos ensina a praticar o bem e a compreender nosso irmão, estaremos mostrando nosso verdadeiro lado cristão e humanitário.


Transcender é subir, é aspirar estar no alto, nos píncaros da razão e da sensibilidade, é volitar entre as nuvens como se fôssemos as próprias, é o espírito no seu infinito grau de conhecimento e intangibilidade.


A transcendência da alma, portanto, está em provarmos a nós mesmos que podemos amar incondicionalmente a todos aqueles que dividem conosco a jornada corpórea neste planeta Terra.


Que assim seja!

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