Minha singela homenagem ao "Mestre da Humildade", ao "Homem Luz" da nossa era!
Chico Xavier viveu no limite. Com um pé na Terra e outro no além, êle fechou os olhos e pôs no papel poemas, crônicas e recados assinados por mortos ilustres e anônimos.
Resultado: mais de 400 livros psicografados e muita polêmica. Para milhões de brasileiros, o médium mineiro é um santo, a ponte mais confiável até o outro mundo, a prova de que a morte não existe. Para outros tantos, é um personagem exótico.
O mesmo Chico Xavier capaz de provocar desmaios entre seus adores já foi processado, esbofeteado e insultado com adjetivos como demagogo e exibicionista. O mesmo Chico Xavier indicado para o prêmio Nobel da Paz foi alvo de veneno, faca, revólver. Menosprezado pela chamada "intelligensia" nacional e adulado por poderosos de plantão, êle sobreviveu. Virou mito!
(Marcel Souto Maior)
RESUMO BIOGRÁFICO
Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.
Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade.
Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.
Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho.
E quem não sofre não aprende a lutar".
O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar.
Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Algum tempo depois, terminou seu martírio.
Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados.
A guerra acabara e graçava a gripe espanhola.
O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar.
Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes.
Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas.
Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC.
Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância.
Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola.
Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.
À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa.
Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.
Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos.
À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender!
O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.
Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.
O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros.
Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros.
E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo.
Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as terefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.
Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite.
As perturbações noturnas continuaram.
Depois de dormir, caía em transe profundo.
Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente.
Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa.
Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.
Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "
A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar.
Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas.
Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.
ATIVIDADES MEDIÚNICAS EM PEDRO LEOPOLDO
Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos.
Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!
Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo.
Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.
Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.
A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.
Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931.
Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.
Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros.
Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos.
Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro.
O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos.
Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.
ATIVIDADES MEDIÚNICAS EM UBERABA
Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã.
Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.
A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.
Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo.
Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram.
Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho.
Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.
Maior médium do Brasil levou uma vida humilde e voltada para a religião e para a caridade Fabiana Fevorini.
O médium Chico Xavier morreu na noite deste domingo aos 92 anos em Uberaba, Minas Gerais. Ele estava com vários problemas de saúde e teve uma parada cardíaca. Ele completaria 75 anos de atividade médium no próximo dia 8 de julho.
Francisco de Paula Cândido nasceu em Pedro Leopoldo, em Minas, e aos 17 anos aderiu ao espiritismo. Começou a promover reuniões em sua própria casa até fundar o Centro Espírita Luís Gonzaga. Ao longo de sua atividade ele psicografou e publicou mais de 400 livros com mensagens de espíritos. O dinheiro das vendas das publicações era revertido para obras de caridade.
Chico se tornou extremamente popular e atraiu milhares de fiéis não só no seu estado, como em todo o País. Entres os seus admiradores estavam celebridades como Roberto Carlos, Antônio Fagundes e Nair Belo.
Por conta dos problemas de saúde, no final da vida ele parou de psicografar mensagens e se afastou da atividade religiosa
CHICO XAVIER O GRANDE MESTRE ASCENSO DA HUMILDADE
Abençoados sejam. Venho nesta comunicação informar vocês sobre as grandes mudanças energéticas que foram inseridas em vosso mund o.
Com a passagem de KAI WAN, ou Francisco Candido Xavier, um novo momentum de luz foi acoplado nas esferas celestes da Terra. Antes da passagem dele, esse momentum de energia era grande, mas não tinha atingido a integralidade da unificação de todos os corpos. Como ele ainda tinha um foco material em vossa realidade, parte do processo de sua ascensão (dele) não estava completado, pois ele emitia constantes fluxos de energia Crística de sustentação para a humanidade, do ponto material, fazendo o ancoramento de milhares de irmãos espirituais de diversos graus evolutivos.
Ele sustentava um enorme Portal multidimensional dos Mestres de amor e ternura para a humanidade, além de estar conectado a importantes templos de luz dos Mestres e do Comando Estelar.
Com sua passagem ocorreu a unificação de todos os corpos e realidades paralelas, manifestando-se mais um foco Crístico entre a 8ª e 12ª dimensões. Assumindo o nome código de missão em determinadas esferas de, KAI WAN. Por ter sustentado a humildade e ternura, ele subiu ao lado de Emanuel e de Sananda para direcionar os rumos do salto quântico ao qual Terra está sendo direcionada, junto a todas as almas inseridas na programação e preparação para isso. O trabalho sustentado por Chico Xavier, é de alta validade para o despertar de muitos avatares adormecidos, que desenvolverão em futuro próximo, uma continuidade do seu trabalho, mantendo uma comunicação direta com as outras realidades, e dando suas contribuições para o salto conciencial do espiritismo, no Brasil e no mundo.
O grau evolutivo ao qual Chico Xavier pertence é um dos mais altos que a Terra, teve conhecimento após a passagem de grandes irmãos como Jesus Cristo e São Francisco de Assis. Sei que muitas pessoas acreditam que essa tenha sido uma encarnação de Chico Xavier, assim como também a de João Evangelista. No entanto o mesmo ocorre com o grande mestre Dascalos, isso por que ambos pertencem ao mesmo grau monádico de KUTHUMI. Poderíamos dizer que Chico Xavier, é uma alma gêmea de KUTHUMI e, portanto a ressonância é muito similar, por esse motivo esse tipo de percepção de muitos kardecistas, que enxergaram esse tipo de ressonância. Na verdade também é uma verdade, pois se ambos são da mesma mônada, são parcelas da mesma fonte, portanto desse ponto de vista, Chico Xavier, realmente é uma parcela interativa de São Francisco e de João Evangelista, em realidades paralelas, unidas ao mesmo foco de Dascalos e de KUTUMI.
Do nosso ponto de vista, as encarnações não existem de forma linear de tempo, como vocês as rotulam, mas sim em realidades paralelas de um diferente fluxo temporal, onde mais de duas almas gêmeas interagem.
Também existe outro foco importante, que se refere ao fato de que, as almas gêmeas, não necessariamente, tem que encarnar para se unirem em matrimonio como muitos pensam. Na verdade são experiências complementares, que estão além da união matrimonial, e sim da união de alma e de consciência, o que explica por que esse tipo de união pode ocorrer em realidades matérias e espirituais em paralelo, como no caso dos grandes mestres, que encarnaram na Terra e deixaram uma importante lição de vida e exemplo de dedicação. Todos estavam acompanhados de seus complementos monádicos, sem a necessidades de um companheiro físico, matrimonial ou sexual.
Kai Wan ocupa um importante cargo administrativo e de sustentaçã na Fraternidade Branca, o que na verdade ele já sustentava antes, mas com a unificação de seus 32 corpos celestes de energia conciencial, ele passou a se integrar como um Cristo unido a energia de Sananda, e também ao foco MAHATMA, que é uma energia complementar da sustentação Crística.
Outro importante foco junto a Kai Wan e das fileiras da ordem dourada e rosada, como METRATON e suas falanges, assim como Kuan Yin, além de importantes mestres do Conselho Kármico. Na verdade a presença de Sananda através de Chico se fez presente muitas vezes, por isso seu campo aúrico era tão amplo, com mais de 100 km de diâmetro, por esse motivo as pessoas choravam de comoção e de amor quando se encontravam em sua presença, pois normalmente os anjos diretos de Jesus Cristo ou o próprio estavam ao lado de Chico, dando a sustentação necessária para a missão que solicitou para si.
Como colaborador do projeto Terra, gostaria de pedir que vocês, direcionassem energias ectoplasmicas para Kai Wan, auxiliando na sustentação ao programa de salto conciencial da humanidade, ele continua na sua grandiosa missão, muito mais fortalecido e capacitado do que antes, mas ainda necessita da colaboração de todos os seus irmãos, filhos e seguidores, para que o plano não seja abandonado.
Ele esta mais presente do que nunca ao lado e no coração de cada um de vocês. Chegou o momento em que cada um deverá mostrar sua lealdade para com Cristo, dando sustentação às mudanças necessárias do planeta, através de sua própria reforma interior, como faziam quando o grande e humilde Mestre Chico Xavier se fazia presente fisicamente. Cada um de vocês é importante para dar continuidade ao plano de despertar da consciência e da humildade e do crescimento espiritual, esse trabalho representa uma grande chave para o despertar dos avatares que ainda estão inconscientes, e necessitam dessa energia para encontrar o momento certo de despertarem e, desenvolverem a sua missão pessoal. A sustentação que ele deu por todos esses anos, representou um grande crescimento nos templos, clinicas e universidades etéricas, que têm ajudado a milhões de almas após o desencarne, e durante o sono, quando as suas almas, em seus veículos mais sutis, passavam a estudar e ter aulas com ele e seus colaboradores, ajudando assim na espiritualização do Brasil e de muitos outros paises, reformulando o kardecismo e outras realidades do espiritismo. Muito do trabalho dele foi invisível aos olhos da maioria, mas não aos nossos, e podemos de forma uníssona, dizer que ele fez muito mais pela humanidade que muitos outros juntos no passado, além de ter sustentado a humildade e carisma de um verdadeiro Avatar Crístico, por esse motivo unifico meu foco com o dele, para dar sustentação às mudanças e determinações evolutivas que ele ainda sustentará junto a humanidade, para que assim todos, em seus devidos momentos possam despertar e dar continuidade às suas propostas de alma e de experiências no contexto, dualidade.
Cada um de vocês, pode mentalizar a sua presença junto a de Chico Xavier, para dar continuidade aos trabalhos e gradualmente elevar com isso o padrão de energia, para realidades superiores e sintonizadas com os outros Mestres, o que com o tempo ajudará na integração com os Mestres da Fraternidade Branca, que muitas pessoas não conhecem, em especial os filhos do espiritismo, que recentemente estão tendo esse tipo de contato. Dessa forma a reformulação e o despertar de consciência, se manifestarão em muitas pessoas, para dar continuidade ao despertar das almas que realmente buscam o amor, evolução e acima de tudo, a luz interna e a liberdade do coração, frente a tantos dogmas e limitações do vosso processo evolutivo e vivencial na Terra.
Fiquem com a luz dos nossos corações em sintonia com o vosso e juntos estaremos efetuando as mudanças do despertar em cada um de vocês.
NO AMOR E NA PAZ, SHTAREER.
Mensagem Canalizada Por Rodrigo Romo
Pedro Leopoldo na década de 50, este era o local preferido de Chico para suas meditações.
Casa onde Chico nasceu em, 2 de abril de 1910
Década de 40.
Chico Xavier com o pintor Del Pino Filho.
Ao fundo, tela a óleo retratando o médium e seu mentor espiritual Emmanuel.
Chico Xavier discursando em agradecimento à outorga do título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte em 8 de novembro de 84.
Chico Xavier em Pedro Leopoldo
Início da década de 60. Chico Xavier psicografando em laudas da revista "O Cruzeiro".
Chico Xavier no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba
Abril de 1988.
Flagrantes de Chico Xavier em sua casa em Uberaba.
A segunda mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada, nas conversas entre o médium e seus guia espiritual:
'Temos algo a realizar.' Repliquei de minha parte qual seria esse algo e o benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!'
Considerei, então: como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos, além do nosso próprio trabalho diário, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!... Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei: será que meu pai vai tirar a sorte grande? Emmanuel respondeu: 'Nada, nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providência de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!'
Algum tempo depois, enviando as poesias de 'Parnaso de Além- Túmulo' para um dos diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o livro aceito e publicado, em 1932. A este livro seguiram-se outros e, em 1947, atingimos a marca dos 30 livros.
Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: 'Agora, começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de janeiro de 1959. O grande benfeitor explicou-me, com paciência: 'Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe chegar ao limite de cem livros.' Fiquei muito admirado e as tarefas prosseguiram. Quando alcançamos o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de nossos compromissos. Ele esclareceu, com bondade: 'Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.'
Muito desapontado, perguntei: então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida atual? Emmanuel acentuou: 'Sim, não temos outra alternativa!' Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos portadores do livre arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos? Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e me cientificou: 'A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico!'
Quando eu ouvi sua declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei a chamar de 'Desígnios de Cima.' "
(Fonte: "O Espírita Mineiro", número 205, abril/junho de 1988.)
Lembro-me de que, em 1931, numa de nossas reuniões habituais, vi a meu lado, pela primeira vez, o bondoso Espírito Emmanuel.
Eu psicografava, naquela época, as produções do primeiro livro mediúnico, recebido através de minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de grave moléstia dos olhos.
Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu, o bondoso guia: — “Descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos..."
Essa afirmativa foi para mim imenso consolo e, desde essa época, sinto constantemente a presença desse amigo invisível que, dirigindo as minhas atividades mediúnicas, está sempre ao nosso lado, em todas as horas difíceis, ajudando-nos a raciocinar melhor, no caminho da existência terrestre. A sua promessa de colaborar na difusão da consoladora Doutrina dos Espíritos tem sido cumprida integralmente. Desde 1933, Emmanuel tem produzido, por meu intermédio, as mais variadas páginas sobre os mais variados assuntos. Solicitado por confrades nossos para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, noto-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando sempre todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros. Convidado a identificar-se, várias vezes, esquivou-se delicadamente, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo planeta, padre católico, desencarnado no Brasil. Levando as suas dissertações ao passado longínquo, afirma ter vivido ao tempo de Jesus, quando então se chamou Públio Lêntulus. E de fato, Emmanuel, em todas as circunstâncias, tem dado a quantos o procuram o testemunho de grande experiência e de grande cultura.
Para mim, tem sido ele de incansável dedicação. Junto do Espírito bondoso daquela que foi minha mãe na Terra, sua assistência tem sido um apoio para o meu coração nas lutas penosas de cada dia.
Muitas vezes, quando me coloco em relação com as lembranças de minhas vidas passadas e quando sensações angustiosas me prendem o coração, sinto-lhe a palavra amiga e confortadora. Emmanuel leva-me, então, às eras mortas e explica-me os grandes e pequenos porquês das atribulações de cada instante. Recebo, invariavelmente, com a sua assistência, um conforto indescritível, e assim é que renovo minhas energias para a tarefa espinhosa da mediunidade, em que somos ainda tão incompreendidos.
Pedro Leopoldo - Minas Gerais, 16 de Setembro de 1937.
Francisco Cândido Xavier
Esta mensagem foi psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, de trás para diante, no idioma inglês, na sede da União Espírita Mineira, após concerto em benefício do Abrigo Jesus, realizado em 4 de abril de 1937, pelo exímio violinista Levino Albano Conceição, cego desde os sete anos de idade.
Esta linda saudação, recebida em dois minutos, escrita em caracteres invertidos, poderá ser lida em um espelho, em cuja frente deverá ser colocada. Lê-se, então, o seguinte:
"My dear and generous friends of the fraternity's doctrine
Good health and peace in God our father let us learn the life in the love's law from the instructions of Jesus Christ; except this work almost always in the earthly world represent the struggle
and studies of the vanity and from the darkness of the little men's science.
Your brother
Emmanuel"
"Meus prezados e nobres amigos da Doutrina da Fraternidade!
Boa saúde e paz em Deus, nosso Pai!
Aprendamos a viver sob a lei do amor, pelos ensinamentos de Jesus Cristo!
Fora deste, o mundo terreno retrata apenas o combate e o cálculo da soberba,
proveniente da cegueira da estreita ciência dos homens.
Vosso irmão,
Emmanuel"
Agradeço de coração a Marta Andrade, minha linda e querida amiga e contato do multipy que, traduziu esse lindo texto de Emmanuel: http://mrbtata.multiply.com
"André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que
escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos
postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho,
no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo
respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo,
ao Codificador e à Codificação."
O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo.
"Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país. Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.
Todos querem saber mais sobre o autor.
André Luiz não é o seu verdadeiro nome.
Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
Imensa curiosidade cerca o benfeitor e aventam-se hipóteses sobre sua verdadeira personalidade.
O nome do médico e cientista Oswaldo Cruz parece o mais lógico, embora ainda uma hipótese.
André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.
Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
O HOMEM
André Luiz traça de si mesmo, quando ainda neófito das Verdades Eternas e das quais mais tarde se tornaria valoroso mensageiro, um perfil comum, previsível, sem nuances ou grandezas espirituais. Logo nas primeiras páginas de "Nosso Lar", diz, referindo-se à sua personalidade de então: "Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção do tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência. Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuí um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa bênção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."
O APRENDIZ
É possível acompanhar esta personalidade em André Luiz por quase todo primeiro volume da série "Nosso Lar". No Umbral, irrita-se com a pecha de suicida e tenta reunir forças para esmurrar os agressores, sem sucesso; já em Nosso Lar, ainda frágil, ofende-se com as verdades que o médico espiritual lhe declara, analisando seu desencarne prematuro; recuperado, quer trabalhar, ansiando pelo velho cargo de médico, sem cogitar de suas reais possibilidades no campo da medicina espiritual; junto à mãezinha, queixa-se choroso de suas dores e dificuldades, infantilizando-se; nas Câmeras de Retificação, como homem comum e de passado vicioso, é levado a encarar, face a face, a mulher que infelicitou um dia, na juventude distante; fiel e apegado egoisticamente à esposa deixada na Terra, se abstrai de partilhar momentos de lazer e amizade com o elemento feminino, deixando de acompanhar Lísias e demais amigas ao Campo da Música.
É só a pouco e pouco que André se conscientiza de sua nova posição e responsabilidades. Chora com freqüência, ouvindo verdades que não toleraria na Terra, ali orgulhoso e arrogante; aprende humildade a duros golpes; observa, ouve, pergunta, medita...
Assim o vemos crescendo com as dificuldades e superando desafios, no intuito sincero de se aprimorar. Auxilia Elisa, a jovem infelicitada, serve aos doentes das Câmaras de Retificação com redobrado carinho, sendo-lhes, não o médico, mas o irmão dedicado e vigilante; aceita as recomendações de Genésio e de sua mãe, vigiando pensamentos e sentimentos inferiores, para aprender a calar queixas e mágoas improcedentes; e, finalmente, buscando a integração perfeita com o clima harmonioso e elevado de Nosso Lar, através do trabalho e da renovação íntima, recebe a ansiada autorização para retornar ao lar terrestre, o qual não mais pudera visitar.
O NOVO HOMEM
Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.
Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."
André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"
E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."
À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."
André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."
De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.
Em prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.
Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:
"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."
Imensa transformação opera-se no íntimo de André. "Compelido a destruir meus castelos de exclusivismo injusto, senti que outro amor se instalava em minhalma", diz. Volta a freqüentar o ninho doméstico, não mais como senhor, mas como alguém "que ama o trabalho da oficina que a vida lhe designou"; auxilia a Zélia, o quanto está em suas forças, ampara os filhos e evita encarar o segundo marido como o intruso que lhe roubou o amor da companheira do mundo.
Alegre esperança se lhe desenha no espírito, mas sente-se vazio, de alguma forma, entediado. Compreendendo-lhe a transformação, diz-lhe Narcisa: "André, meu amigo, você vem fazendo a renovação mental. Em tais períodos, extremas dificuldades espirituais nos assaltam o coração... Sei que você experimenta intraduzível alegria ao contato da harmonia universal, após o abandono de suas criações caprichosas, mas reconheço que, ao lado das rosas de júbilo, defrontando os novos caminhos que se descerram para sua esperança, há espinhos de tédio nas margens das velhas estradas inferiores que você vai deixando para trás. Seu coração é uma taça iluminada aos raios do alvorecer divino, mas vazia dos sentimentos do mundo que a encheram por séculos consecutivos."
"Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual", comove-se André Luiz. E conhecendo-o bem, seu temperamento agitado, Narcisa sugere, com felicidade: "Creio deve você aproveitar os novos cursos de serviço, instalados no Ministério da Comunicação. Muitos companheiros nossos habilitaram-se a prestar concurso na Terra, nos campos visíveis e invisíveis ao homem, acompanhados, todos eles, por nobres instrutores. Poderia você conhecer experiências novas, aprender muito e cooperar com excelente ação individual. Por que não tenta?"
André sente-se então dominado por esperanças diferentes, relativamente às suas tarefas, conforme afirma. Levado por Tobias até a residência de Aniceto, entidade que se ligaria fundamente à sua vida espiritual, mantêm com ele fraterno diálogo, cientificando-se do trabalho e das novas responsabilidades porvindouras.
André aceita, jubiloso, a nova e fascinante etapa existencial. E diz: "Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
Trabalharia sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas."
E olvidando o próprio nome, que deixa para trás por amor à Deus e as criaturas, reveste-se transitoriamente de outra personagem, para melhor ensinar e amparar.
Surge André Luiz.
QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS
JESUS NOS ABENÇÕE
Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa inesquecível Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.
Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar adiante o compromisso abraçado.
Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não saiba o que lhes dizer com exatidão.
Aqui compareço, nesta manhã, na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e sinceramente, não me reconheço sob regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam e devem continuar esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamo-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertencem a eles mesmo e muito menos a mim, que prossigo deste Outro Lado da Vida me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de colocar de lado o personalismo e não tomarmos o caminho da polêmica inútil.
Não nos dispersemos, dispendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui... O que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter!! Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da posição que os amigos me colocam.
A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar seqüência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrevo-lhes nesta hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e nem nos induzam ao esquecimento de nossas obrigações fundamentais.
Eu jamais seria capaz de silenciar ou de considerar um espírito diferente de tantos outros - embora minha total desvalia -, que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitarem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não fragilizem na vivência do ideal.
Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrados à todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento.
Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.
Com minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores de nossa Causa, sempre o seu . . .
Chico Xavier
(Mensagem psicografada pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do dia 22 de junho de 2003, na sede do C. E. Ben. "Bezerra de Menezes", na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil)Léa Cristina Ximenes
Terapeuta Facilitadora Universalista
E-mail: ximenes.andrade@gmail.com
Skype: lea.seraphisbey
Telefone: (13) 3477 9813
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