segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O FARDO E O APRENDIZ - JOANNA DE ANGELIS

O Fardo e o Aprendiz
Minha amada filha, que a paz e o equilíbrio estejam em todos os corações!
A luta é uma visão distorcida daquela que entabula na Seara Cristã o aprendizado das virtudes que sua alma requer encerrar.
A contenda, bem como a percepção de que a vida é um campo de batalha, nem sempre, é conveniente.
E por quê?
Os exalta em emoção, exaurindo forças preciosas no campo emocional do individuo, quando necessária ao socorro do próximo ou mesmo de si, caso a realidade imediata o exija.
A postura de todo àquele que se encontra em provação terrena, recomendável, é a do aluno. Sim, pois nessa realidade factual e honesta, tudo que se lhe apresenta, recebe um tom de lição a ser aprendida.
O aprendiz, quase sempre, quando consciente de tal posição, coloca-se à disposição dos Mestres, Mentores, ou seja, dispõe-se voluntariamente a receber àquilo que estes têm a compartilhar consigo.
A noção da realidade factual e limitada diante dos olhos da matéria, geralmente, impede-os de visualizarem a grandiosidade das lições que são, gota a gota, absorvidas pelo espírito treinado e receptivo.
E, ao contrário, todo àquele que pede por lição, adentra aos salões estudantis, no presente caso a própria VIDA; e, rejeita a postura do aluno, quase sempre, obtém resultados desastrosos das experiências vividas.
É imperiosa que se assuma com amor e desprendimento a condição singular que todo aprendiz deve possuir, ante o brilho e experiência do Mestre acurado em sua Arte, seja ela qual for, mas falamos dos assuntos da Alma, especialmente.
Todo àquele que se coloca na posição de instrutor, de fato a possuí, em momentos destinados a tanto, porém, a de se compreender que há necessárias revisões que para sua consecução, conta-se com a experiência dos que chegaram antes, ou pelo interesse, ou pela delegação espiritual que cedo adentrara o quintal da Alma.
Não importa quando ocorrera, o aprendiz sempre o será, no entanto, haverá momentos em que poderá compartilhar suas experiências, bem como traduzir em ensinamentos o que estas causaram em seu espírito observador, se assim mantiver a disposição, o discípulo disciplinado.
Não queremos causar contrariedades aos mais sensíveis, repletos de leituras superficiais e ávidos detentores de suas verdades pessoais, e não temos essa limitada intenção.
O estudo consciente é o exercício da inteligência humana que necessita das comprovações humanas, a cognatio erga omnes, mantém a independência das almas que livres buscam acessar essa ou àquela filosofia religiosa.
A busca incessante por respostas imediatas, lança à humanidade aos vazios inexplicáveis ao aprendiz desatento, cuja vontade nem sempre forte, faz com que abandone o caminho feliz daquele que se enleva nos assuntos do espírito.
A liberdade concedida pelo Criador a todos, é de fato o bem mais precioso que um espírito possa experimentar em mergulho na roupagem densa do corpo, no entanto, a finalidade está sempre voltada ao crescimento pessoal, e queiram ou não, mais cedo ou mais tarde, todos evoluirão, e a isso, compreendemos que Deus não nos apressa.
Os aprendizes que fielmente confiam suas vidas à vontade de Deus, sabem que tudo que lhes acontece é para o seu próprio benefício, eis que há um plano maior que a tudo rege.
A fé, confiança e perseverança são os sentimentos que preenchem as almas devotas que se não agem por limitações materiais, o espírito certamente poderá alçar vôos em suas meditações e orações enlevadas.
Assim, disponibiliza-se a todos, oportunidades de aprimoramento e renovação de valores e talentos que jazem em almas milenarmente sábias.
Peçais e obtereis, usem de suas prerrogativas divinas e o fardo lhes será suavizado.
Irmã Joanna de Angelis
Psicografia de Elisangelis em 01.08.2011

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