segunda-feira, 16 de maio de 2011

RESPIRAÇÃO CONSCIENTE - UMA TROCA DE ENERGIA VITAL COM O UNIVERSO





TEXTO DO ECOVIAGEM.UOL.COM.BR/BLOGS/NAIANANATUREZA

A consciência respiratória é muito importante para a saúde e equilíbrio emocional. Na prática de YOGA, as técnicas respiratórias são chamadas de PRANAYAMA referindo-se ao regular a inspiração e a expiração, pelo controle da energia vital.
A respiração é a troca humana com a vida e com o universo. A vida moderna, a poluição, as emoções desenfreadas, a alimentação artificial, tudo isso tirou a naturalidade do processo respiratório. Praticar técnicas respiratórias atualmente tornou-se uma necessidade para resgatar a respiração natural e com isso uma harmonização interior. Tornar-se perito na arte de respirar, potencializa esta troca energética com a natureza e favorece a condição humana na prática da meditação.
Ao mesmo tempo em que um estado profundo de quietação mental é acompanhado da ausência de respiração, a ausência da respiração pode causar um total incômodo e agitação. Então temos o principal desafio no trabalho com as técnicas respiratórias: encontrar um ponto em que a quietação respiratória aconteça sem sentir “falta de ar”, ritmando a respiração e tornando-a progressivamente cada vez mais lenta o que proporciona um estado de concentração e lucidez, via domínio da energia vital, expansão e controle da respiração.
É importante a compreensão e o domínio respiratório, pois o ritmo da respiração está conectado com a consciência, suas funções, e os estados de consciência. A irregularidade gera instabilidade psíquica e dispersão mental. Respiração consciente é um instrumento de unificação da consciência, uma atenção dirigida para a vida orgânica, uma porta de entrada na própria essência da vida, uma consciência da própria grandeza. (ELIADE, 1996, p. 59)
As técnicas respiratórias desenvolvem inúmeros benefícios fisiológicos, mas seu principal objetivo é interferir na respiração e no sistema nervoso como preparação para meditação.

Anote e pratique alguns exercíos de consciência respiratória:

Primeiro, é necessário compreender as quatro etapas da respiração: inspiração, retenção cheia, expiração, retenção vazia.
A respiração é uma troca com o cosmos, inspirando acessamos a energia vital e primordial que se manifesta em todo universo: o PRANA. Retendo cheio, direcionamos esta energia, transformamos a qualidade da energia absorvida. Expirando, eliminamos toxinas, tensões e relaxamos e distribuímos a energia. E retendo vazio, preparamos o interior para uma nova energia, entramos em contato com a interiorização, introversão e possibilita-se o efeito da energia no corpo.
A respiração é um alimento tão importante que alguns minutos sem respirar causa a morte, enquanto que podemos ficar dias sem comer ou tomar água podendo sobreviver. Esse grau de importância é conferido pelo duplo comando: sistema nervoso autônomo e voluntário.
Assim, é interessante ter a coordenação dos músculos que participam da respiração: o diafragma, os retos abdominais, os intercostais e peitorais. O diafragma separa para cima coração e pulmões, e para baixo órgãos abdominais. É um músculo interno que desce quando o ar entra, massageando as vísceras abdominais e deslocando-as para baixo e para frente; e sobe na expiração, ajudando os pulmões a expelirem o ar, neste momento, a cavidade abdominal fica côncava, pois o diafragma liberou o espaço para os órgãos abdominais. Quando passamos por momentos de desconforto emocional, imediatamente a respiração se altera. Por outro lado, ao exercitar todos os músculos respiratórios criamos oportunidade de dissipar conteúdos emocionais mal resolvidos e stresse.
A respiração baixa acontece quando o ar e a energia vital são levados para a parte baixa dos pulmões, e pela ação do diafragma, os músculos retro abdominais se expandem, como um balão cheio. Quando o ar sai, o abdômen é contraído, como um balão vazio. Mas este balão não enche só para baixo, enche para os lados e para trás, na parte média dos pulmões, expandindo a musculatura intercostal quando o ar entra, e retornando as costelas quando o ar sai. A respiração alta é a mais comum por tratar-se de uma respiração superficial, acontece na altura do peito, e fica muito nítida em momentos de ansiedade, stresse ou susto.
O interessante é respirar com toda a cavidade pulmonar para eliminar as bactérias que se reproduzem no sistema respiratório quando a respiração é curta e superficial, fazendo o movimento respiratório chegar primeiro no abdômen, depois nas costelas, e por último e discretamente no peito ou clavículas. Para expirar, o ar pode sair na ordem inversa. As técnicas respiratórias equilibram e acalmam o sistema nervoso, os pensamentos e sentimentos, ao equilibrarem e acalmarem a respiração, seu o ritmo, intensidade, duração, amplitude e formas de passagem de ar.
Quando for necessário eliminar toxinas, solte o ar pela boca. Caso contrário respire sempre nasal mantendo a língua acomodada no céu da boca, isso favorece a circulação da energia vital dentro do corpo.
Além desses exercícios de consciência respiratória descritos aqui, existem inúmeras outras técnicas respiratórias mais complexas que devem ser praticas sob orientação.
Mesmo que você não tenha interesse em se preparar para a meditação, procure respirar fundo no seu dia a dia, isso oxigena seu cérebro beneficiando concentração, aprendizagem e novas idéias, procure perceber as fases da respiração, os músculos que se movimentam com o ciclo respiratório e procure observar a alteração da respiração que acompanha as alterações emocionais. A respiração está conectada com o sistema nervoso e com as emoções. Ao ter consciência respiratória e ao exercitar a respiração com freqüência, dissipamos conteúdos emocionais, organizamos nosso sistema nervoso e favorecemos estados mentais mais lúcidos. Experimente, pratique, vivencie, você se sentirá muito bem!
Namaste,
Naiana.

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