sábado, 14 de maio de 2011

A GRANDE FAZENDA - EMMANUEL


Emmanuel
 
“E ele repartiu por eles a fazenda.”
JESUS-LUCAS, 15:12
 
A natureza é a fazenda vasta que o Pai entregou a todas as criaturas.Cada pormenor do valioso patrimônio apresenta significação particular.A árvore,o caminho,a nuvem,o pó,o rio,revelam mensagens silenciosas e especiais.
É preciso,contudo,que o homem aprenda a recolher-se para escutar as grandes vozes que lhe falam ao coração.
A Natureza é sempre o celeiro abençoado de lições maternais.Em seus círculos de serviço,coisa alguma permanece sem propósito,sem finalidade justa.
Eis a razão pela qual o trabalho de Casimiro Cunha se evidência com singular importância.O coração vibrátil e a sensibilidade apurada conchegaram-se a Jesus,para trazer aos ouvidos dos companheiros encarnados algumas notas da universal sinfonia.
Esta cartilha amorosa relaciona,em rimas singelas,alguns cânticos da fazenda divina que o Pai nos confiou.Envolvendo expressões na luz infinita do Mestre,Casimiro dá notícias das coisas simples,cheias de ensino transcendental.No relatório musicado de sua alma sensível,o milharal,o pântano,a árvore,o ribeiro,o malhadouro,dizem alguma coisa de sua maravilhosa destinação,revelando sugestões de beleza sublime.É o ensino espontâneo dos elementos,o alvitre das paisagens que o hábito vulgarizou,mas se conservam repletas de lições sempre novas.
O trabalho valioso do poeta cristão dispensa comentários e considerações.
Entregando-o,pois,ao leitor amigo,não temos outro objetivo senão lembrar a fazenda preciosa que se encontra em nossas mãos.
A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas.
Em abrindo a cartilha afetuosa de Casimiro,recordemos Aquele que veio a Terra,começando pela manjedoura;que recebeu pastores e animais como visita primeira;que foi anunciado por uma estrela brilhante;que ensinou sobre as águas,orou sobre os montes,escreveu na terra,transformou a água simples em vinho do júbilo familiar;que aceitou a cooperação de um burrico para receber homenagens do mundo;que meditou num horto,agonizou numa colina pedregosa,partiu em busca do Pai através dos braços de um lenho ríspido e ressuscitou num jardim.
Relembremos semelhantes ensinos e recebamos a fazenda do Senhor,não como o filho pródigo que lhe desbaratou os bens,mas como filhos previdentes que procuram aprender sempre,enriquecendo-se de tesouros imortais.
 
Pedro Leopoldo, 20 de Maio de 1943.
EMMANUEL
Livro: Cartilha da Natureza – Espírito Casemiro Cunha – Psicografia Chico Xavier 

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