segunda-feira, 2 de abril de 2012

Deeksha e os Hormônios da Felicidade

Até agora falamos dos efeitos da Deeksha, nos vários centros cerebrais. Outro aspecto igualmente importante neste processo de despertar é a produção de um hormônio neurotransmissor. Vamos ver uma visão geral de algumas mudanças significativas em relação a estes hormônios e os neurotransmissores, encontradas em pessoas que já vem recebendo Deeksha por um certo tempo. Primeiramente, vamos entender um pouco sobre a importância dos neurotransmissores e seus efeitos na nossa experiência de vida.
Dopamina
Produzida na “substantia nigra” no meio do cérebro, este importante neurotransmissor está quase sempre em desequilíbrio nas pessoas de nossos dias.  Precisamos de dopamina suficiente para nos sentir vivos, vibrantes e para sermos capazes de nos concentrar e ter discernimento.  Falta de dopamina levam ao tédio, depressão, sensação de fumaça na cabeça, sensação de existir, mas de não estar vivo. A falta de dopamina deva a uma busca, um desejo da mesma, porém através de meios destrutivos. Uma forma intensa, porém, rápida, é conseguida como uso de cocaína, anfetaminas, alimentação não-saudável, comportamentos agressivos e conflito com outras pessoas.
Excesso de dopamina, por outro lado, leva a um enfraquecimento dos receptores de dopamina e isto se reverte em consequências indesejadas. Enganos, incluindo alucinações, que podem ser confundidos com genuínas experiências místicas, geralmente ocorrem juntamente com exposição excessiva à dopamina. Pessoas viciadas em jogos de computador também têm um desbalanceamento similar de dopamina, o qual guarda uma interessante correlação com vícios em realidades virtuais… tanto na tela de um computador como na “tela” da mente de alguém. Em algumas pessoas, o excesso de dopamina pode levar até a gagueira. Gagos, geralmente têm o dobro de dopamina no organismo do que a maioria das pessoas.
É fácil entender que para um equilibrado despertar espiritual, queremos um nível constante de dopamina sem altos e baixos. Uma produção consistente de dopamina estará em sintonia, lado a lado, com os lobos frontais, a qual Bhagavan associa com a Realização de Deus. Dado ao fato da dopamina ser para nos sentirmos verdadeira e realmente vivos, faz sentido entender que precisamos dela como Fonte da Vida.
Oxitocina
Oxitocina é o hormônio do amor, bondade e gratidão. Pessoas que são casadas e felizes, produzem mais oxitocina, porém o estresse na relação rapidamente a faz diminuir. A oxitocina é o neurotransmissor responsável pela compaixão, pelo cuidado verdadeiro para com o outro. Quando nos importamos com o bem-estar dos outros, nós mesmos somos recompensados bem mais pois a oxitocina regenera o corpo e induz a uma sensação profunda de bem-estar. O amor é um grande assegurador de vida boa, por causa da oxitocina. Indiferença e crueldade têm níveis muito baixos deste hormônio. Assumo que estes fatos bioquímicos é uma das razões por detrás da ênfase que Bhagavan dá em ajustar bem os relacionamentos pessoais.
A produção de oxitocina é severamente impedida nas pessoas de hoje em dia e isto já começa no nascimento. No final dos anos 1940, a medicina começou a ministrar remédios/drogas logo após o nascimento, caso houvesse alguma doença no bebê. Dentre estas drogas, a petocina (oxitocina sintética) é usada para induzir contrações, para atender a agenda do hospital e anulando quaisquer interações mãe-bebê. Toda vez que recebemos uma dose alta de uma versão sintética de qualquer hormônio, nossos receptores ficam soterrados de informação e a produção do hormônio pelo organismo fica comprometida. Caso isto ocorra durante o nascimento, poderá haver um dano permanente na padrão de produção de oxitocina por toda a vida, sendo que o organismo produzirá níveis baixos da mesma.
Há uma falta de respeito à fase mais importante da ligação entre a mãe e o bebê, já que logo após o nascimento, os médicos estão mais preocupados em medir o bebê, retirar seu sangue e cortar o cordão umbilical, impedindo o fortalecimento desta ligação e que faz a mãe levar o bebê a uma entrada gentil neste mundo.  A combinação de petocina e da falta de empatia para com o bebê recém-nascido, produzirá, é quase certo, um comprometimento na produção de oxitocina.
É interessante perceber que o uso de drogas no bebê no seu nascimento, desde petocina até analgésicos e até mesmo substâncias psicodélicas,  foram introduzidas após a Segunda Guerra Mundial e não estão mais em uso. Quando a primeira geração destes bebês chegou à idade adulta nos anos 1960, esta foi a primeira a buscar o significado da vida através das drogas. Acredito que a falta de oxitocina natural causada pelo uso de drogas no nascimento, pode gerar uma forte recapitulação em busca das mesmas na idade adulta.
Cortisol
É o oposto da oxitocina, em termos de efeitos na nossa experiência de vida, é hormônio do estresse e da morte. Precisamos do cortisol em situações de perigo de vida, porém como o Dr. Hans Selye descobriu, temos tendência de produzi-lo em excesso, mesmo depois que a situação de estresse já acabou. Sobre o cortisol, tudo passa ter uma característica de esforço, incluindo relacionamentos pessoais e a busca espiritual.  O cortisol ativa os lobos parietais, que supostamente nos dão o senso de limite físico, fronteiras.  Quando superativado, o senso de limite físico se estende e nos sentimos existencialmente à parte.
Esta é a parte Bhagavan enfatiza em relação a desativação dos lobos parietais. O cortisol nos faz confusos com um ativação crônica dos lobos parietais. Neste estado, não somos capazes de perceber nossos sentimentos totalmente, não somos capazes de perceber a nós mesmos como realmente somos.  Estar no aqui e agora, estar “no fluxo”, requer quantidade abundante de oxitocina, dopamina suficiente e baixos níveis de cortisol.
Os efeitos da Deeksha
Mesmo sendo difícil medir os hormônios e neurotransmissores diretamente no cérebro, testes electromagnéticos levam a conclusões sobre os efeitos da Deeksha. Um dos efeitos principais que encontrei foi com pessoas que recebem Deeksha, por pelo menos um ano ou mais, há uma regeneração dos receptores tanto da dopamina como da oxitocina. Isto automaticamente leva a uma grande eficiência dos neurotransmissores e redução na produção do cortisol. A Deeksha também pode regenerar a “substância nigra” onde a dopamina é produzida e isto atua diretamente na mudança dos padrões eletromagnéticos do cérebro.
Muitas vezes percebi uma liberação natural de padrões viciantes através da Deeksha, que podemos claramente relacionar com os níveis de dopamina. Outro parâmetro interessante é a comunicação eletromagnética entre o cérebro e o coração. Isto parece que progressivamente fica mais forte em pessoas que recebem Deeksha e esta é uma das mais importantes correlações entre o desabrochar do coração e a compaixão. Em alguns dos Dasas e em RonRoth, esta conexão extrapolou o esperado quando eu as medi. Oxitocina é a ponte bioquímica entre o cérebro e o coração.
Dos dados que eu juntei até agora, a Deeksha parece ser efetiva ao aumentar a oxitocina na maioria das pessoas. Eu também acredito que este é um dos aspectos pelos quais o trauma do nascimento possa ser curado – e isto faz a Deeksha recomendável para crianças. Mesmo sabendo que crianças não devam entrar num estado de iluminação, o crescimento com grandes quantidades de oxitocina dá a elas uma experiência de vida muito mais bonita.
Para finalizar, o efeito neuroquímico da Deeksha, com métodos específicos de transformação interior é um assunto fascinante, que requer maior exploração do papel das substâncias neuroquímicas,  seus efeitos e a sinergia produzida.
*  *  *
Tradução: Marcos Accordi
Autor: Christian Opitz é neuropsiquiatra, bioquímico, herbalista e autor. Ele desenvolveu um novo paradigma de cura chamado Vida Radiante, que combina o funcionamento do cérebro todo, nutrição por alimentos “in natura”, exercício e conhecimento da natureza. Christian deu aulas nos Estados Unidos e Europa nos últimos 15 anos.
fonte  http://claudiovelasco.ning.com/profiles/blogs/deeksha-e-os-horm-nios-da-felicidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário