O
que é uma contrariedade? Toda vez que um ser humanizado age ou fala
palavras que contrarie as verdades de outro, este se sente contrariado.
Na verdade, não foi ele quem foi contrariado, mas as opiniões dele. Ser
contrariado é estar exposto a opiniões e ações que não concordamos, ou
seja, que para nós não se constituem em uma verdade ou realidade
diferente daquela que cremos.
Existem muitas contrariedades que o ser humano não liga. São coisas de pequenas montas que acontecem no dia a dia e que ferem nossos conceitos. Mas, por não representarem aparentemente uma afronta grande, não ligamos para elas. É aí é que começa o equívoco do ser humano.
Qualquer contrariedade, por menor que seja – não guardar as coisas onde se acha certo que elas estejam, um pequeno atraso, uma palavra mal colocada – fica marcada na memória do ser. Não existe momento em que somos contrariados que a marca não fique guardada. Por isso, toda e qualquer contrariedade precisa ser trabalhada, precisa ser curada. Se não, o acúmulo delas pode levar à raiva.
A raiva surge, então, do acúmulo de contrariedades que vamos tendo no dia a dia com determinadas pessoas. A cada vez que não trabalhamos a contrariedade ela vai gerando marcas em nossa memória e, quando vemos, aquilo que era apenas uma contrariedade virou uma raiva. Mas, não para por aí.
A raiva pode transformar-se em ódio. A raiva surge do acúmulo de contrariedades, mas quando ela aparece, as contrariedades não cessam. Pelo contrário: tornamo-nos mais intransigentes com aquela pessoa e por isso vamos observando cada vez mais as contrariedades e plantando-as em nossa memória. É através deste processo que a raiva se transforma em ódio. Ou seja, o ódio, sensação que leva o ser humano a vivenciar um grande sofrimento, começa nas pequenas contrariedades do dia a dia.
Por isso, neste trabalho, quando analisarmos os ensinamentos de Buda não estaremos nos referindo diretamente à raiva, mas buscando usar o que ele ensina para vencer as pequenas contrariedades do dia a dia.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve desenvolver a boa vontade para com aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
“Desenvolver a boa vontade para com aquela pessoa”: o que quer dizer isso? Vamos conversar sobre o tema.
As contrariedades surgem quando há um desacordo entre o que cada um dos envolvidos num relacionamento acha verdade ou certo. Ela existe porque a verdade ou o certo do outro contraria a sua verdade ou seu certo. Mas, o que é a nossa opinião que é certa ou verdadeira?
Cada ser humanizado é exposto diariamente a centenas de informações. Estas informações são analisadas pela mente a partir de conceitos pré-existentes na memória. Cada vez que uma informação se coaduna com o conceito que está na memória ela é considerada certa ou verdadeira. Mas, como se formam os conceitos pré-existentes na memória?
Somos o resultado do meio que vivemos. A cultura de cada povo, região, cidade, bairro ou mesmo núcleo familiar possui um grupamento específico de informações às quais dá o valor de verdade e certo. Acontece que estes grupamentos diferem entre si. Nos países ocidentais, por exemplo, a cultura afirma que só se pode ter uma esposa, nos árabes ela já é diferente: o homem pode ter mais mulheres. Entre os jovens, atitudes irresponsáveis são consideradas como atos perfeitos, entre os mais velhos isso já não acontece.
Quem está certo? Todos os dois... O certo e o errado não são absolutos, ou seja, não servem para todos e não permanecem por toda a existência sem mudanças. Na verdade, a avaliação de certo ou errado aos conselhos depende do momento da existência de cada um ou do grupo social onde se vive. Na verdade, ela é relativa, ou seja, depende de cada um.
Por isso cada um tem o direito de achar certo e verdadeiro aquilo que achar naquele momento. Não se pode criar um estatuto rígido que sirva para todos ao mesmo tempo. É fundamentado neste conhecimento sobre a relatividade da avaliação de certo e errado que Buda ensina que devemos ter boa vontade com todos.
Você tem o direito de ter o seu padrão de certo e verdadeiro, mas o outro também o tem. Querer impor ao outro o que aquilo é verdade para você só leva à contrariedade. Isso porque o outro não vive a sua vida, ou seja, não vivencia a existência dele com os mesmos valores que você.
Aliás, aproveitando que estamos falando com espiritualistas, exigir do próximo que ele tenha as mesmas avaliações que você é querer retirar dele o livre-arbítrio. Acreditamos que Deus deu a cada um o direito de livre optar por qualquer coisa. Exigimos para nós este direito, mas não o estendemos ao próximo. Escolher um padrão próprio de certo e verdadeiro é o exercício do livre-arbítrio que se foi dado por Deus a cada um não pode ser retirado por ninguém.
Este é o caminho da boa vontade que Buda ensina que leva ao fim da contrariedade e com isso evita a existência da raiva e do ódio: dar ao outro o direito de exercer o seu próprio livre-arbítrio.
Quando alguém faz ou pensa coisa diferente de você, ao invés de se contrariar, diga: ‘ele tem o direito de fazer ou pensar aquilo que achar melhor para ele’. Este é o exercício da boa vontade. Concedendo ao próximo este direito não existirá contrariedade, apesar de continuar existindo a não similitude entre o que você e o outro acham certo ou verdadeiro.
Desenvolver a boa vontade com o outro não é acreditar no que ele acredita ou fazer o que ele faz, mas apenas dar ao próximo o direito de ser diferente de você. Isso leva ao fim da contrariedade, da raiva e do ódio. Leva ao fim do seu sofrimento.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve desenvolver a compaixão para com aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
Compaixão é algo muito diferente daquilo que nós humanos imaginamos que deva ser. Acreditamos que ter compaixão por uma pessoa é sofrer a tristeza que ela está sentindo. Isso não é realidade.
Quem sofre não consegue transmitir o que o outro mais precisa no momento de sofrimento: alegria! Quem está sofrendo precisa ser animado, fortalecido, para poder sair do estado de espírito que se encontra. Como animar alguém se o animador também está desanimado?
Costumamos dizer que sofrer é como alimentar-se de um alimento que não gostamos. Jiló, por exemplo. Quem está sofrendo está ingerindo uma porção de jiló e precisa de alguém que coloque em seu prato algo que o ajude a deglutir aquele alimento. Ao invés disso, quando vivemos o momento com a compaixão como entendida pelos seres humanizados, colocamos mais jiló em seu prato, ou seja aumentamos o sofrimento daquele que já está sofrendo.
Ter compaixão pode ser definido como ter a consciência do sofrimento que se pode causar a si ou ao outro. Quem sente verdadeiramente compaixão pelo próximo, ao invés de sofrer junto com ele, busca animá-lo com felicidade e alegria para não aumentar o seu sofrer. É esta compaixão que Buda ensina.
Quem sente contrariedade com a palavra ou ação do outro e tenta corrigi-lo aumenta o sofrer do próximo. Mesmo que a contrariedade não gere a briga ou discussão, apenas a tentativa de corrigi-lo já traz embutida em si uma acusação, uma crítica. Esta por si só já traz sofrimento a quem está sendo criticado.
Portanto, para vencer a contrariedade que acaba levando à raiva, tenha compaixão do outro: pense no sofrimento que irá causar ao próximo com sua crítica. Para isso, lembre-se: ele tem o direito de ter o seu certo e verdadeiro.
Existem muitas contrariedades que o ser humano não liga. São coisas de pequenas montas que acontecem no dia a dia e que ferem nossos conceitos. Mas, por não representarem aparentemente uma afronta grande, não ligamos para elas. É aí é que começa o equívoco do ser humano.
Qualquer contrariedade, por menor que seja – não guardar as coisas onde se acha certo que elas estejam, um pequeno atraso, uma palavra mal colocada – fica marcada na memória do ser. Não existe momento em que somos contrariados que a marca não fique guardada. Por isso, toda e qualquer contrariedade precisa ser trabalhada, precisa ser curada. Se não, o acúmulo delas pode levar à raiva.
A raiva surge, então, do acúmulo de contrariedades que vamos tendo no dia a dia com determinadas pessoas. A cada vez que não trabalhamos a contrariedade ela vai gerando marcas em nossa memória e, quando vemos, aquilo que era apenas uma contrariedade virou uma raiva. Mas, não para por aí.
A raiva pode transformar-se em ódio. A raiva surge do acúmulo de contrariedades, mas quando ela aparece, as contrariedades não cessam. Pelo contrário: tornamo-nos mais intransigentes com aquela pessoa e por isso vamos observando cada vez mais as contrariedades e plantando-as em nossa memória. É através deste processo que a raiva se transforma em ódio. Ou seja, o ódio, sensação que leva o ser humano a vivenciar um grande sofrimento, começa nas pequenas contrariedades do dia a dia.
Por isso, neste trabalho, quando analisarmos os ensinamentos de Buda não estaremos nos referindo diretamente à raiva, mas buscando usar o que ele ensina para vencer as pequenas contrariedades do dia a dia.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve desenvolver a boa vontade para com aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
“Desenvolver a boa vontade para com aquela pessoa”: o que quer dizer isso? Vamos conversar sobre o tema.
As contrariedades surgem quando há um desacordo entre o que cada um dos envolvidos num relacionamento acha verdade ou certo. Ela existe porque a verdade ou o certo do outro contraria a sua verdade ou seu certo. Mas, o que é a nossa opinião que é certa ou verdadeira?
Cada ser humanizado é exposto diariamente a centenas de informações. Estas informações são analisadas pela mente a partir de conceitos pré-existentes na memória. Cada vez que uma informação se coaduna com o conceito que está na memória ela é considerada certa ou verdadeira. Mas, como se formam os conceitos pré-existentes na memória?
Somos o resultado do meio que vivemos. A cultura de cada povo, região, cidade, bairro ou mesmo núcleo familiar possui um grupamento específico de informações às quais dá o valor de verdade e certo. Acontece que estes grupamentos diferem entre si. Nos países ocidentais, por exemplo, a cultura afirma que só se pode ter uma esposa, nos árabes ela já é diferente: o homem pode ter mais mulheres. Entre os jovens, atitudes irresponsáveis são consideradas como atos perfeitos, entre os mais velhos isso já não acontece.
Quem está certo? Todos os dois... O certo e o errado não são absolutos, ou seja, não servem para todos e não permanecem por toda a existência sem mudanças. Na verdade, a avaliação de certo ou errado aos conselhos depende do momento da existência de cada um ou do grupo social onde se vive. Na verdade, ela é relativa, ou seja, depende de cada um.
Por isso cada um tem o direito de achar certo e verdadeiro aquilo que achar naquele momento. Não se pode criar um estatuto rígido que sirva para todos ao mesmo tempo. É fundamentado neste conhecimento sobre a relatividade da avaliação de certo e errado que Buda ensina que devemos ter boa vontade com todos.
Você tem o direito de ter o seu padrão de certo e verdadeiro, mas o outro também o tem. Querer impor ao outro o que aquilo é verdade para você só leva à contrariedade. Isso porque o outro não vive a sua vida, ou seja, não vivencia a existência dele com os mesmos valores que você.
Aliás, aproveitando que estamos falando com espiritualistas, exigir do próximo que ele tenha as mesmas avaliações que você é querer retirar dele o livre-arbítrio. Acreditamos que Deus deu a cada um o direito de livre optar por qualquer coisa. Exigimos para nós este direito, mas não o estendemos ao próximo. Escolher um padrão próprio de certo e verdadeiro é o exercício do livre-arbítrio que se foi dado por Deus a cada um não pode ser retirado por ninguém.
Este é o caminho da boa vontade que Buda ensina que leva ao fim da contrariedade e com isso evita a existência da raiva e do ódio: dar ao outro o direito de exercer o seu próprio livre-arbítrio.
Quando alguém faz ou pensa coisa diferente de você, ao invés de se contrariar, diga: ‘ele tem o direito de fazer ou pensar aquilo que achar melhor para ele’. Este é o exercício da boa vontade. Concedendo ao próximo este direito não existirá contrariedade, apesar de continuar existindo a não similitude entre o que você e o outro acham certo ou verdadeiro.
Desenvolver a boa vontade com o outro não é acreditar no que ele acredita ou fazer o que ele faz, mas apenas dar ao próximo o direito de ser diferente de você. Isso leva ao fim da contrariedade, da raiva e do ódio. Leva ao fim do seu sofrimento.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve desenvolver a compaixão para com aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
Compaixão é algo muito diferente daquilo que nós humanos imaginamos que deva ser. Acreditamos que ter compaixão por uma pessoa é sofrer a tristeza que ela está sentindo. Isso não é realidade.
Quem sofre não consegue transmitir o que o outro mais precisa no momento de sofrimento: alegria! Quem está sofrendo precisa ser animado, fortalecido, para poder sair do estado de espírito que se encontra. Como animar alguém se o animador também está desanimado?
Costumamos dizer que sofrer é como alimentar-se de um alimento que não gostamos. Jiló, por exemplo. Quem está sofrendo está ingerindo uma porção de jiló e precisa de alguém que coloque em seu prato algo que o ajude a deglutir aquele alimento. Ao invés disso, quando vivemos o momento com a compaixão como entendida pelos seres humanizados, colocamos mais jiló em seu prato, ou seja aumentamos o sofrimento daquele que já está sofrendo.
Ter compaixão pode ser definido como ter a consciência do sofrimento que se pode causar a si ou ao outro. Quem sente verdadeiramente compaixão pelo próximo, ao invés de sofrer junto com ele, busca animá-lo com felicidade e alegria para não aumentar o seu sofrer. É esta compaixão que Buda ensina.
Quem sente contrariedade com a palavra ou ação do outro e tenta corrigi-lo aumenta o sofrer do próximo. Mesmo que a contrariedade não gere a briga ou discussão, apenas a tentativa de corrigi-lo já traz embutida em si uma acusação, uma crítica. Esta por si só já traz sofrimento a quem está sendo criticado.
Portanto, para vencer a contrariedade que acaba levando à raiva, tenha compaixão do outro: pense no sofrimento que irá causar ao próximo com sua crítica. Para isso, lembre-se: ele tem o direito de ter o seu certo e verdadeiro.
Mesmo que você saiba que o padrão de certo ou errado leve aquele ser humanizado mais tarde a sofrer, não o faça sofrer agora. Evite discordar do próximo para não fazê-lo sofrer...
Um dos instrumentos ensinados pelo Espiritualismo Ecumênico Universal para isso é a doação da razão. Sempre que discordamos de alguma coisa que alguém acredita buscamos debater o assunto para poder, ao fim, ficar com a razão. Mas, será que isso é importante?
Ter a razão significa vencer a discussão. Quem dá a última palavra acha sempre que conseguiu dobrar o próximo e impôs aquilo que acreditava. Mas, para que você quer vencer? Para poder gabar-se de estar certo? Qual o preço que paga por isso? Será que vale a pena expor-se a arquivar contrariedades que futuramente lhe levarão à raiva ou ao ódio? Quem vai sofrer no final das contas? Você mesmo...
Portanto, por compaixão, ou seja, por consciência do sofrimento que pode causar àquela pessoa agora e a você no futuro, doe a razão.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve desenvolver a equanimidade para com aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
Equanimidade quer dizer igualdade de ânimo, ou seja, sentir apenas uma coisa por uma pessoa, não importa o que esteja se vivendo.
Buda ensina que devemos ter apenas um sentimento com relação às pessoas, pois isso acaba com a contrariedade e estanca a possibilidade de sofrermos mais tarde. Que sentimento é esse? Aquele que já nutrimos por aquela pessoa.
Os seres humanos afirmam que gostam, amam ou têm amizade por alguém, mas na verdade eles só nutrem estes sentimentos quando os outros atendem os anseios e expectativas deles. Se em determinado momento a outra pessoa, num mínimo detalhe, entra em contradição com aquilo que eles acreditam ou acham certo, todo este sentimento extingue-se.
Quem ama, o faz o tempo inteiro e não apenas nos momentos em que o próximo satisfaz seus conceitos. Quem gosta, gosta o tempo inteiro e não apenas quando o outro está de acordo com suas verdades. Quem tem amizade é sempre amigo do outro, mesmo quando este não possui tudo aquilo que nós queremos. Se a emoção não permanece, isso quer dizer, então, que ela não existe realmente.
Gostar, amar e ter amizade por uma pessoa não devem ser emoções que tenhamos por alguém apenas quando ela nos satisfaz. Quem vive desse jeito, além de não ter realmente estes sentimentos pelo outro, está expondo-se ao risco de em qualquer contrariedade decepcionar-se com o próximo e com isso buscar o seu próprio sofrimento.
Quando surge a raiva em relação a uma pessoa, ele não deve empenhar a sua mente ou dar atenção para aquela pessoa. Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
Grande conselho de Buda: não empenhar a sua mente ou dar atenção à pessoa que nos causa contrariedade.
Existe um ditado que diz: Deus deu uma vida para cada pessoa, para que cada um tome conta da sua. Ao invés disso, vivemos empenhando nossa mente para prestar atenção na vida dos outros. Isso causa sofrimento.
Todos somos diferentes. Não existem duas pessoas que acreditem ou dêem o valor de certo em mesmo gênero, número e grau a um mesmo conceito. Por isso, quando ficamos atentos aos outros, certamente vamos descobrir contrariedades entre o que ela acha, pensa e faz com o que achamos, pensamos e fazemos. Por isso, o melhor é cada um tomar conta apenas de si mesmo.
Cristo nos ensinou: Você repara o cisco nos olhos dos outros, mas não vê a trave que está no seu olho. Somos naturalmente juízes do mundo. Vivemos constantemente observando as ações e crenças dos outros e comparando-as com as nossas. Isso causa sofrimento...
Para não sofrer é preciso que nos mantenhamos constantemente focados em nós mesmos e demos aos outros a liberdade de ser, estar e fazer o que bem entender.
Quando
surge a raiva em relação a uma pessoa, ele deve dirigir os seus
pensamentos para o fato de que aquela pessoa é o produto do carma dela:
‘Esse venerável é o agente do seu carma, herdeiro do seu carma, nascido
do seu carma, atado ao seu carma e dependente do seu carma. Qualquer
carma que ele faça, para o bem ou para o mal, disso ele será o herdeiro.
Dessa forma, a raiva por aquela pessoa deve ser subjugada.
Carma é algo que os seres humanos entendem muito pouco. Por nossa tendência a crer no pecado, no mal e nas suas conseqüências, achamos que o carma é o castigo que cada um recebe por suas ações negativas, mas isso não é verdade. Carma é a conseqüência natural de uma ação, seja ela uma condenação ou premiação.
O Universo é regido pela lei da causa e efeito, ou seja, a cada movimento nosso, geramos uma ação como efeito do que foi feito. Isso é o carma: o efeito de uma causa. O carma é o motor que movimenta o Universo. Sem ele, tudo seria estático, pois o que hoje foi gerado não teria uma reação e com isso o Universo permaneceria estático.
Quando Buda nos afirma que a outra pessoa – as suas crenças e conceitos – são o produto do carma dela, quer dizer que o que ela acredita é a reação ao que ela viveu em momento anterior. Se uma pessoa, por exemplo, tem medo de velocidade, pode ter certeza que isso é uma reação a um perigo ou acidente que esta já sofreu em um momento passado quando estava se deslocando em alta velocidade. Se você não tem este medo, é sinal de que nunca vivenciou uma ação desse tipo. Não ter o medo, portanto, é o seu carma, enquanto que o dela é tê-lo.
Vivenciando a vida a partir dessa verdade, podemos encarar as contrariedades de uma forma simples – diferença das vivências das pessoas – ao invés de imaginar que o outro está errado. Quem não entende que os conceitos de uma pessoa são o carma da sua vivência na vida, vive contrariado com o que ela acha certo ou acredita como verdade.
Para estes, Buda faz um alerta neste trecho: Qualquer ação que se faça, para o bem ou para o mal, disso você será o herdeiro. A lei do carma – a reação a uma ação – é inexorável. A certeza de que cada ação gera sempre uma reação nos transforma em herdeiro daquilo que fazemos.
Já nos ensinava Salomão: Quem semeia vento, colhe tempestade. Se você anda pelo mundo com sua mente atenta aos conceitos do outro, colherá contrariedade e com isso sofrerá. Não por castigo ou penalidade, mas como justa conseqüência da sua própria ação.
Carma é algo que os seres humanos entendem muito pouco. Por nossa tendência a crer no pecado, no mal e nas suas conseqüências, achamos que o carma é o castigo que cada um recebe por suas ações negativas, mas isso não é verdade. Carma é a conseqüência natural de uma ação, seja ela uma condenação ou premiação.
O Universo é regido pela lei da causa e efeito, ou seja, a cada movimento nosso, geramos uma ação como efeito do que foi feito. Isso é o carma: o efeito de uma causa. O carma é o motor que movimenta o Universo. Sem ele, tudo seria estático, pois o que hoje foi gerado não teria uma reação e com isso o Universo permaneceria estático.
Quando Buda nos afirma que a outra pessoa – as suas crenças e conceitos – são o produto do carma dela, quer dizer que o que ela acredita é a reação ao que ela viveu em momento anterior. Se uma pessoa, por exemplo, tem medo de velocidade, pode ter certeza que isso é uma reação a um perigo ou acidente que esta já sofreu em um momento passado quando estava se deslocando em alta velocidade. Se você não tem este medo, é sinal de que nunca vivenciou uma ação desse tipo. Não ter o medo, portanto, é o seu carma, enquanto que o dela é tê-lo.
Vivenciando a vida a partir dessa verdade, podemos encarar as contrariedades de uma forma simples – diferença das vivências das pessoas – ao invés de imaginar que o outro está errado. Quem não entende que os conceitos de uma pessoa são o carma da sua vivência na vida, vive contrariado com o que ela acha certo ou acredita como verdade.
Para estes, Buda faz um alerta neste trecho: Qualquer ação que se faça, para o bem ou para o mal, disso você será o herdeiro. A lei do carma – a reação a uma ação – é inexorável. A certeza de que cada ação gera sempre uma reação nos transforma em herdeiro daquilo que fazemos.
Já nos ensinava Salomão: Quem semeia vento, colhe tempestade. Se você anda pelo mundo com sua mente atenta aos conceitos do outro, colherá contrariedade e com isso sofrerá. Não por castigo ou penalidade, mas como justa conseqüência da sua própria ação.
“Essas
são as cinco maneiras para subjugar a raiva, através das quais quando a
raiva surge em um bhikkhu, ele deveria destruí-la completamente.”
Desenvolvendo
a boa vontade, a verdadeira compaixão e a equanimidade pelos outros,
mantendo a sua atenção na sua própria vida, ao invés de cuidar das dos
outros e compreendendo que a vida é uma sucessão de carmas, ou seja, de
conseqüências de ações anteriores, evita-se as contrariedades e com isso
extingue-se a possibilidade da raiva, do ódio e do sofrimento.
Fonte : http://www.meeu.com.br